O setor público registrou déficit primário de R$21,4 bilhões em agosto, comparado ao déficit de R$22,8 bilhões de agosto de 2023. No Governo Central o déficit foi de R$22,3 bilhões, e nos governos regionais e empresas estatais, superávits respectivos de R$435 milhões e R$469
milhões. Em doze meses, o setor público consolidado acumulou déficit de R$256,3 bilhões, equivalente a 2,26% do PIB e 0,03 p.p. inferior ao déficit
acumulado nos doze meses até julho.
Os juros nominais do setor público não financeiro consolidado somaram R$69,0 bilhões em agosto de 2024, comparativamente a R$83,7 bilhões em agosto de 2023. Essa evolução foi influenciada pelo resultado das operações de swap cambial (perda de R$10,5 bilhões em agosto de 2023 e ganho de R$1,7 bilhão em agosto de 2024). No acumulado em doze meses até agosto deste ano, os juros nominais alcançaram R$855,0 bilhões (7,55% do PIB), comparativamente a R$689,4 bilhões (6,49% do PIB) nos doze meses até agosto de 2023. O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$90,4 bilhões em agosto. No acumulado em doze meses, o déficit nominal alcançou R$1.111,3 bilhões (9,81% do PIB), ante déficit nominal de R$1.127,5 bilhões (10,01% do PIB) acumulado até julho de 2024.
A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) atingiu 62,0% do PIB (R$7,0 trilhões) em agosto, elevando-se 0,2 p.p. do PIB no mês. Esse resultado refletiu em especial os impactos dos juros nominais apropriados (+0,6 p.p.), do déficit primário (+0,2 p.p.), da variação do PIB nominal (-0,4 p.p.), e dos demais ajustes da dívida externa líquida (-0,2 p.p.). No ano, a DLSP elevou-se 1,1 p.p. do PIB, em função, sobretudo, dos impactos dos juros nominais (+5,3 p.p.), do déficit primário (+0,8 p.p.), do reconhecimento de dívidas (+0,2 p.p.), do efeito do crescimento do PIB nominal (-2,5 p.p.), do efeito da desvalorização cambial de 16,8% acumulada no ano (-1,8 p.p.), dos demais ajustes da dívida externa líquida (-0,5 p.p.), e do ajuste de privatizações (-0,3 p.p.).
A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) – que abrange Governo Federal, INSS e governos estaduais e municipais – atingiu 78,5% do PIB (R$8,9 trilhões) em agosto de 2024, aumento de 0,2 p.p. do PIB em relação ao mês anterior. Esse aumento decorreu principalmente da evolução dos juros nominais apropriados (+0,7 p.p.) e da variação do PIB nominal (-0,5 p.p.). No ano, o aumento de 4,1 p.p. do PIB resulta sobretudo da incorporação de juros nominais (+5,1 p.p.), da emissão líquida de dívida (+1,3 p.p.), do efeito da desvalorização cambial (+0,7 p.p.) e do crescimento do PIB nominal (-3,1 p.p.).
Foto Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Informações BC