O dono do X (ex-Twitter), Elon Musk, está em rota de colisão direta com o juiz do Supremo Tribunal Federal, ministro Alexandre de Moraes, e está disposta até a encerrar as atividades da rede social no Brasil se a “intromissão ” do ministro persistir como o multimilionário disse. Ele usou sua rede social para dizer que vai descumprir as decisões do ministro da Suprema Corte brasileira e não vai “bloquear contas de usuários” como pede o STF.
Segundo ele, “a censura agressiva parece violar a lei e a vontade do povo brasileiro”, escreveu e disse que “Estamos levantando todas as restrições. Este juiz aplicou multas pesadas, ameaçou prender nossos funcionários e cortou acesso ao X no Brasil. Como resultado, provavelmente perderemos todas as receitas no Brasil e teremos que fechar nosso escritório lá. Mas os princípios são mais importantes que o lucro”.
O CEO da Tesla e do X (ex-Twitter) já vinha criticando diretamente Alexandre de Moraes, por suas ações e decisões mas o estopim ocorreu neste sábado (6) quando a situação parece ter saído do controle após o escritório da rede X, no Brasil, receber a exigência de bloqueio de contas de usuários no país.
Musk alega que mesmo a rede social podendo sofrer represálias, inclusive deixar de estar presente no Brasil, mas que vale a pena pela “liberdade de expressão”.
Segundo o jornalista norte-americano Michael Shellenberger, na postagem ‘Twitter Files Brazil’, em sua conta no Twitter @shellenberger o STF, além de ter exigido o bloqueio de contas, também teria pedido o envio de informações privadas de usuários que utilizaram hashtags vistas como impróprias. Shellenberger se referiu ainda “a censura de postagens de parlamentares que seriam apoiadores de Jair Bolsonaro”.
Jornalista pedem o mesmo na India
A decisão de Musk sobre o Brasil fez alguns jornalistas de países que também adotaram medidas restritivas similares ao Brasil pedirem às mesmas providências como o jornalista indiano Mohammed Zubair, que listou inúmeras contas bloqueadas em seu país pelas autoridades locais.
Fotos Marcelo Camargo/Agência Brasil e Ministério da Comunicação/Agência Brasil
