Lula defende área de inovação no lançamento da Nova Indústria Brasil

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a importância da inovação ao receber do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, o documento final da política nacional intitulada Nova Indústria Brasil. “É muito importante para o Brasil que a gente volte a ter uma política industrial inovadora, uma política industrial totalmente digitalizada como o mundo exige hoje. E que a gente possa superar, de uma vez por todas, esse problema de o Brasil nunca ser um país definitivamente grande e desenvolvido”, frisou, durante o ato de lançamento do plano, nesta segunda-feira (22).

A nova política prevê, entre as principais medidas, a destinação de R$ 300 bilhões em financiamento. O plano foi elaborado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), presidido por Alckmin. Prevê metas para cada uma das missões definidas. A política também cria novos instrumentos de captação, como a Linha de Crédito de Desenvolvimento (LCD), e um arcabouço de novas políticas – como o mercado regulado de carbono.

Dividida em dois períodos – 2024-26, compreendendo o restante do atual governo – e o intervalo entre 2027 e 2023, a nova política “posiciona a inovação e a sustentabilidade no centro do desenvolvimento econômico, estimulando a pesquisa e a tecnologia nos mais diversos segmentos, com responsabilidade social e ambiental”, afirma o ministro e vice-presidente.

As missões

A missão 1 abrange a garantia da segurança alimentar e as cadeias agroindustriais. A meta é chegar na próxima década com 70% de mecanização na agricultura familiar, partindo dos atuais 18%. Na saúde, a meta é ampliar a produção nacional de 42% para 70% das necessidades nacionais em medicamentos, vacinas, equipamentos e dispositivos médicos.

Sobre a melhoria do bem-estar das pessoas nas cidades – infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade sustentáveis – a meta principal é reduzir em 20% o tempo de 4,8 horas gastos em média pelo brasileiro para ir de casa para o trabalho. Na mesma missão, a política propõe ampliar em 25 pontos percentuais a participação nacional no ramo do transporte público sustentável. Hoje, as empresas brasileiras representam 59% da cadeia de ônibus elétricos.

Para tornar a indústria mais moderna, há a meta de transformar digitalmente 90% do total das fábricas (partindo de 23,5%) e triplicar a participação da produção nacional nos segmentos de novas tecnologias. A missão 5 enfatiza a bieconomia, descarbonização e transição e segurança energéticas. O foco principal é ampliar em 50% o peso dos biocombustíveis na matriz energética de transportes — atualmente os combustíveis verdes representam 21,4%.

Na Defesa, a Nova Indústria Brasil pretende alcançar autonomia na produção de 50% das tecnologias críticas de para o fortalecimento da soberania nacional. De acordo com o governo, será dada prioridade para ações voltadas ao desenvolvimento de energia nuclear, sistemas de comunicação e sensoriamento, sistemas de propulsão e veículos autônomos e remotamente controlados.

Compras públicas

A política industrial também vai utilizar as compras públicas para estimular o desenvolvimento de setores considerados estratégicos para a indústria brasileira. Lula assinou, na solenidade de lançamento, dois decretos que abrem caminho para essa estratégia.

Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

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