A Cesta Básica de Salvador, calculada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), com base em 3.587 cotações de preços realizadas em 97 estabelecimentos comerciais (supermercados, açougues, padarias e feiras livres) de Salvador, passou a custar R$ 600,80 no mês de julho de 2025. Deste modo, quando comparado com o custo estimado no mês imediatamente anterior, houve uma elevação de 0,35% – aumento de R$ 2,11 em relação a junho de 2025, em termos nominais.
Dos 25 produtos da Cesta Básica de Salvador, 11 produtos apresentaram aumento nos preços: tomate (23,27%), banana-prata (4,86%), maçã (2,37%), manteiga (2,36%), flocão de milho (1,56%), macarrão (1,31%), café moído (0,97%), farinha de mandioca (0,97%), leite (-0,56%), linguiça calabresa (0,51%) e o frango (0,44%). Enquanto 14 registraram redução: cebola (-19,66%), batata inglesa (-12,65%), queijo muçarela (-9,69%), cenoura (-8,11%), arroz (-6,46%), carne de sertão (-3,57%), feijão (-2,28%), queijo prato (-1,70%), açúcar cristal (-1,62%), carne de segunda (-0,94%), óleo de soja (-0,73%), carne de primeira (-0,39%), ovos de galinha (-0,31%) e o pão francês (-0,13%).
De acordo com Denilson Lima, analista da Pesquisa de Preços ao Consumidor da SEI, “problemas na produção causados por pragas e diminuição da oferta por causa do fim da colheita de alguns produtos cooperaram para o aumento do custo da Cesta Básica de Salvador no mês de julho”.
O economista aponta que “o preço do tomate subiu 23,27% por causa de três fatores: o fim da safra de inverno; a queda das temperaturas nos centros produtores, que fez com que a maturação do fruto ficasse mais lenta; e o surgimento de pragas que reduziram a produtividade dos tomateiros nas lavouras de São Paulo, estado que ocupa a segunda posição na produção nacional, atrás apenas do estado de Goiás”. Lima afirma ainda que “este conjunto de adversidades levou à redução da oferta do tomate e ajudou a pressionar os preços, sendo que os maiores aumentos foram verificados principalmente no Nordeste, região que tem na Bahia a maior produtora, com 343,2 mil toneladas por ano aproximadamente”, afirma.
O subconjunto dos ingredientes relativos ao almoço soteropolitano – composto por feijão, arroz, carnes, farinha de mandioca, tomate e cebola – apresentou crescimento de 0,90% e foi responsável por 34,48% do valor da Cesta Básica de Salvador. Por sua vez, o subgrupo de gêneros alimentícios próprios da refeição matinal soteropolitana – formado por café, leite, açúcar, pão, manteiga, queijos e flocão de milho – reduziu-se 0,43% e foi responsável por 35,10% do valor da cesta no mês de julho de 2025.
Por fim, o tempo de trabalho despendido por um trabalhador soteropolitano para obter uma cesta básica foi de 94 horas e 07 minutos, o que equivale ao comprometimento de 42,79% do valor líquido de um salário mínimo de R$ 1.404,15, depois de descontado o valor de 7,50% da contribuição para a Previdência Social.
Foto: Thuane Maria/GOVBA
Informações SEI BA