A dor, o oportunismo e o valor da oração

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*Alessandra Nascimento

Estou estarrecida a cada dia com as imagens do Rio Grande do Sul. O sofrimento de pessoas de todas as idades. O caso do bebê morto boiando na água da enchente, confundido por uma menininha como uma boneca. Deus isso é de doer na alma de qualquer cristão.

Falta de água, alimentos, itens básicos de higiene, etc. Dormir numa cama quente e acordar sem nada. Isso dói!  Assisti que muitos gaúchos estão ilhados em casa sem querer deixar seu lar por medo de serem roubados.

Em meio a tragédia as pessoas dão o que têm. Se tem carinho, abraço,  esperança, solidariedade. Se unem em vaquinhas para arrecadar recursos, atuam como voluntários em cozinhas comunitárias ou juntam alimentos para doação. Elas doam o que têm em seu coração e o que aprenderam com seus valores morais.

Mas há os que carecem desses mesmos valores morais ou os confundem ou os veem deturpados. Invadirem casas e estabelecimentos comerciais para roubar? Podiam estar ajudando! Mas cada um dá apenas o que tem e não me compete aqui julgar.

Me reservo neste momento, enquanto jornalista, entender que a cadeia produtiva e logistica daquele importante estado está drasticamente afetada. Que não se trata apenas da economia e das vidas dos nossos irmãos mas de se pensar também no processo de reconstrução que será árduo.

Estradas foram destruídas, linhas de trens, aeroportos fechados, portos estão sendo até o momento um dos poucos canais logísticos em funcionamento.

O Estado conhecido pela sua produção de vinhos, pela soja, trigo, carne de excelente qualidade, indústria calçadista e mobiliaria, enfim sem esquecer da cadeia turistica presente no segmento de serviços e ai falamos de bares, restaurantes, comércio em geral.

É complexo em tempos de fortes mudanças climáticas que impactam nas economias mundiais vermos esse quadro dentro de nosso próprio país. É triste mas eu vou encerrar este artigo falando em esperança.

Minha esperança desse momento passar. Minha fé nas pessoas do Rio Grande do Sul conseguirem se reerguer e de todos nós, irmãos brasileiros, do norte, nordeste, centro, sudeste, os ajudarmos neste momento.

Seja sob a forma de doações (mas cuidado pois já se está noticiando golpes então verifiquem se é o destino certo para quem estão doando) como também adquirindo produtos do Rio Grande do Sul como vinhos. Deixa de comprar aquele importado que você gosta e pensa que o vinho gaúcho que você leva para casa vai ajudar a manter em funcionamento aquela bodega e seus colaboradores.

Toda a ajuda é bem-vinda, inclusive a oração, que acalma o coração dos aflitos e é um bálsamo aos mais necessitados.

Esta noite oremos por nossos irmãos numa grande corrente. Estejamos ao seu lado em nossos pensamentos. Pensemos no Rio Grande do Sul e em sua grandiosidade e capacidade de transformação e reconstrução.

Foto: Arquivo Agência Brasil

*Alessandra Nascimento é editora-chefe do Site Café com Informação; Articulista do Jornal Tribuna da Imprensa, do Rio de Janeiro; Correio Regional e Portal Noticia Capital; Ex-Correspondente Internacional

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