Putin, Hamas, Maduro e o abacaxi de Lula

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Alessandra Nascimento

Editora-chefe

O título sugestivo deste artigo serve para nos mostrar o quanto o jogo geopolitico global não é para amadores e, principalmente, como vivemos uma espécie de “Palácio de cartas”. A depender de qual peça seja movimemtada o jogo todo se desaba.

Enfim, dadas às circunstâncias, o que se iniciou com um conflito entre Russia e Ucrânia porque o ucraniano Volodymyr Zelensky, decidiu que seu país deveria entrar para a OTAN, o que representaria presença de bases militares ocidentais no “quintal” de Putin, se alastrou pelo globo.

Com a falta de “diálogo e diplomacia” tipico dos europeus. Vide como nos tratam em relação ao acordo UE e Mercosul e às questões ambientais impostas por eles, os maiores poluidores do planeta. Ou será que esqueceram da Revolução Industrial que foi a base de carvão e depois do uso de combustíveis fósseis?

Bem, voltando a atualidade. Vladimir Putin, o grande lider da Russia, de bobo não tem nada. Aliás bobos são os europeus de “nariz empinado”. A guerra com a Ucrânia e a tentativa fracassada de penalização da Russia com embargos (faz me rir rsrsrs!) mostrou o quanto o mundo mudou em protagonistas.

A União Europeia pedir embargo justo ao país que lhe fornece gás é uma grande estupidez. A ausência da primeira ministra, Angela Merkel, no tabuleiro político europeu só reforça o grau de amadorismo nesta história toda.

O ultimo inverno, com a falta de gás, aumentou o frio e mostrou a precariedade de parte do continente em ser autossuficiente em energia. Um amigo que mora na Itália me comentou que a conta de serviços de energia elétrica e água encanada na Europa aumentaram mais de 300% aos usuários.

Mais uma vez gol para a Russia que repassa seu gás para a China revender aos europeus e, lógico, ganha sua porcentagem. Ponto para Putin!

A situação mal resolvida da Ucrânia e a cada dia mais difícil de se chegar a um consenso, ultrapassou fronteiras. Chegou ao Oriente Médio, com a guerra entre Hamas e Israel cujo armamento fornecido ao grupo terrorista provém do Irã, e este adquire na Russia. Pois é Putin mostra mais uma vez o quanto o ocidente é amador.

A Europa e os EUA viram os olhos os conflitos entre Israel e Hamas, tentando em vão um cessar fogo que está a cada dia mais distante.

Agora somos pegos de surpresa com o venezuelano Maduro reinvidicando o território de Essequibo, na Guiana, rico em petróleo e gás e explorado por empresas norte-americanas. Desta vez o “quintal” dos EUA é que está em risco, bem como seu poderio ante a AméricadoSul.

E isso arrasta o Brasil, que nada tem a ver com esse bafafá. Isto porque o solo fronteiriço entre os dois países corta o Brasil. Ou seja, forças militares vizinhas em solo do Brasil.

Enquanto Maduro dá uma de “Napoleão Bonaparte Tupiniquim” com aquela mãozinha da Russia (fornecendo armas), os EUA trazem seus porta-aviões para o mar da América do Sul para fazer “exercícios”.

Num clima tenso, e com um abacaxi em suas mãos, Lula entra em cena para baixar a bola de Maduro. Primeiro aumenta o efetivo do exército brasileiro na fronteira, depois puxa a orelha do “companheiro”.

O receio desse imbróglio envolver o Brasil fez o país subir o tom e faz Maduro acenar para o diálogo.

O ministro da Defesa brasileiro, José Múcio Monteiro, durante entrevista à imprensa, qualificou a ideia do venezuelano como uma provocação internacional e insensatez. E também mandou recado que em nenhum momento ele pensasse usar o território brasileiro para atacar a Guiana.

As forças militares de Maduro são compostas por 127 mil homens enquanto a Guiana de apenas 3,7 mil.

É meus queridos leitores, a geopolitica global não é para amadores. Ainda mais quando tem um ex-espião da extinta KGB sentado na cadeira da presidência de um dos mais fortes países do mundo.

Como diria minha amada vózinha: “meter a mão em cumbuca alheia dá nisso!”

Foto Wikimedia Commons

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