O segmento de Previdência Privada cresceu 23,1% no 1º semestre deste ano, significando arrecadação de R$ 95,3 bilhões em prêmios e contribuições. Os dados são da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida – Fenaprevi.
Outro percentual que chama a atenção é o da captação líquida (163,8%) ou R$ 30,1 bilhões em valores, que representa o total arrecadado pelo setor menos os resgates do período, que tiveram queda de 1,3%, somando R$ 65,2 bilhões no semestre.
Em ativos, a poupança previdenciária dos participantes desses planos é de mais de R$ 1,5 trilhão, o que representa 13,3% do PIB.
“Os números demonstram a relevância destes produtos para as famílias brasileiras. O primeiro semestre de 2024 registrou a maior captação líquida da série histórica iniciada em 2011, considerando os seis primeiros meses de cada ano, resultado do aumento da arrecadação, bem como da queda dos resgates. São, portanto, um forte indicativo da maior conscientização da população em relação à importância da proteção financeira proporcionada pelos planos previdenciários”, afirma Edson Franco, presidente da Fenaprevi.
Setor com potencial
Ainda de acordo com o relatório produzido pela Federação, ao final do primeiro semestre de 2024, mais de 11 milhões de pessoas possuíam um plano de previdência privada aberta. Desses, 20% eram da modalidade coletiva, com 2,3 milhões de participantes — o que equivale a aproximadamente 4% dos trabalhadores formais do país.
Já em números de planos comercializados, atualmente são mais de 14 milhões no Brasil, sendo que 99,5% estão em fase de acumulação — período de construção da poupança de longo prazo.
“O cenário evidencia o quão jovem é o setor e demonstra o enorme potencial de expansão do mercado de previdência privada no Brasil. É necessário, no entanto, ampliar a conscientização da população em relação à importância do planejamento previdenciário, que se torna ainda mais relevante no cenário de envelhecimento da população e aumento da longevidade”, encerra Franco.
VGBL é o produto favorito
Do total de planos comercializados, a maioria é do tipo Vida Gerador de Benefício Livre – VGBL, com 8,8 milhões de planos; outros três milhões em Plano Gerador de Benefício Livre – PGBL; e 2,3 milhões nos planos tradicionais. Em termos de volume de recursos, 92% do valor acumulado no primeiro semestre foi em VGBL, enquanto 6% em PGBL e 2% em planos tradicionais.
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