O presidente Lula da Silva recebeu no Palácio do Planalto, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema para discutir sobre a dívida do estado com a União e o acordo com as vitimas atingidas pela tragédia de Mariana (MG), em 2015. Além de Lula e Zema, estiveram os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Alexandre Silveira (Minas e Energia).
“Tratamos de dois temas principais. O primeiro deles, a questão da dívida de Minas Gerais, onde o ministro Haddad nos disse que a Secretaria do Tesouro Nacional estará apresentando, até o final de março, uma proposta de aperfeiçoamento do atual regime de recuperação fiscal”, afirmou Zema ao final da reunião.
A dívida de Minas Gerais com a União é de quase R$ 160 bilhões e, por meio de um acordo autorizado pelo Supremo Tribunal Federal, ficou determinou que o início do pagamento da dívida seria prorrogado para abril de 2024.
“Esse ponto é sensível não só para Minas, mas para outros estados que fizeram a adesão (ao regime de recuperação fiscal). Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Goiás. É um regime, que eu deixei claro ao ministro e também ao presidente, que os estados que aderem conseguem pagar no início, mas depois enfrentam dificuldades novamente, porque a receita não acompanha o crescimento da dívida”, destacou o governador.
O caso Mariana foi abordado por Zema que disse sobre a expectativa de que a proposta de ressarcimento pela tragédia seja apresentada pela Vale, BHP e Samarco ainda neste mês. O governador mineiro adiantou acordo mútuo entre o Governo Federal e do Espírito Santo também.
“O que nós queremos é uma posição da empresa (Vale). Me parece que, neste momento, está vivendo um clima de definição de quem será o novo presidente, o que deve acontecer agora em março e, tão logo isso passe, com toda a certeza a empresa deverá dar uma posição”, disse.
Fotos: Marcelo Camargo e Rafa Neddemeyer/Agência Brasil
