Adriano Villela
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou nesta quinta-feira (30) estar otimista quanto às chances de o legislativo aprovar até o final do ano todo o conjunto de matérias apresentadas pela pasta. “O Congresso Nacional está empenhado em ajudar o país a equilibrar suas contas”, afirmou o comandante da equipe econômica em Doha (CAT), durante entrevista às TVs Globo e Record e à EBC, que distribuiu o aúdio para a imprensa no Brasil.
Haddad comentou a aprovação final no parlamento da proposta que muda a taxação sobre investimentos em fundos fechados e a renda obtida no exterior via offshores. “Tudo isso são correções de distorções provocadas nos últimos anos que minaram a base fiscal do Estado brasileiro.São grupos de interesse que se apropriaram do orçamento público”, defendeu. “Se você pegar a opinião dos melhores economistas do país que têm se posicionado são de apoio às medidas”,completou.
O ministro contou que mesmo em Doha, onde integra a comitiva do presidente Lula na COP28, tem conversado pessoalmente com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) – que também participa da agenda no Catar -e por telefone com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Pacheco informou que a medida sobre a tributação de apostas esportivas deve ir a votação na próxima semana.
Em um minibalanço do ano, Haddad destacou que o país reduziu a inflação e tem aumentado a atividade econômica e o nível de emprego, além de citar a queda dos juros. Este cenário, acrescentou, ficaria ameaçado caso as propostas fiscais não sejam adotadas.
Segundo o ministro, que reafirmou a apresentação de uma alternativa à desoneração previdenciária vetada na semana passada, se alguma alteração não for aprovada outras medidas serão adotadas. “Nós não podemos parar”.Na avaliação do ministro, se as medidas fossem polêmicas ou injustas “o Congresso nem estaria debruçado sobre os temas”.
Foto: Lula Marques/Agência Brasil