O desembargador José Rodrigo Sade, do TRE – Paraná, votou nesta quarta-feira (3) pela cassação do mandato e inelegibilidade por oito anos do senador Sergio Moro (União-PR). Moro, que foi ex-juiz da Operação Lava Jato, tem agora o caso empatado no placar do julgamento de cassação. Na última segunda-feira (1), o desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, havia rejeitado o pedido de cassação.
A próxima a votar é a desembargadora Claudia Cristina Cristofani, que pediu vista do processo (mais tempo para analisar). O julgamento retoma na próxima segunda-feira (8).
Se cassado Moro vai recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nesse tempo ele não deixará o cargo até a decisão da instânciasuperior. Se o TSE confirmar cassação, haverá convocação de novas eleições no Paraná para preencher a vaga do senador e Moro permanecerá por oito anos inelegível.
Caso Moro
O PT, o PL e o Ministério Público Eleitoral (MPE) acusam o ex-juiz da Lava-jato, Sérgio Moro, de abuso de poder econômico em razão de uma suposta realização de gastos irregulares na pré-campanha nas eleições de 2022.
Em 2021, Moro enquanto encontrava-se filiado ao Podemos, Moro realizou atos de pré-candidatura à Presidência da República. A acusação alega “desvantagem ilícita” sobre os demais concorrentes ao cargo de senador por conta dos “altos investimentos financeiros” realizados antes do juiz largar a sigla e se candidatar ao Senado pelo União.
A defesa do ex-juiz Sérgio Moro defende a manutenção do seu mandato e nega irregularidades ocorridas no período da pré-campanha.
Foto: Frame Youtube/TRE-PR