Custo da cesta básica diminui em todas as cidades em julho

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O DIEESE apurou que o valor da cesta básica diminuiu nas 17 capitais. O dado foi apurado na edição mensal da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. Entre junho e julho de 2024, as quedas mais importantes ocorreram no Rio de Janeiro (-6,97%), em Aracaju (-6,71%), Belo Horizonte (-6,39%), Brasília (-6,04%), Recife (-5,91%) e Salvador (-5,46%). Por outro lado, São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 809,77), seguida por Florianópolis (R$ 782,73), Porto Alegre (R$ 769,96) e Rio de Janeiro (R$ 757,64). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 524,28), Recife (R$ 548,43) e João Pessoa (R$ 572,38).

A comparação dos valores da cesta, entre julho de 2023 e julho de 2024, mostra que o custo dos alimentos básicos aumentou em 11 cidades, com destaque para as variações de Goiânia (5,82%), Campo Grande (5,54%) e São Paulo (5,17%). Entre as seis localidades com retração nos preços, sobressaem Recife (-7,47%) e Natal (-6,28%).

Nos sete primeiros meses do ano, 15 cidades mostraram aumento nos preços médios, variando entre 0,06%, em Belo Horizonte, e 7,48%, em Fortaleza. As quedas foram sentidas em Brasília (-0,63%) e Vitória (-0,06%). Baseado na cesta básica mais cara, que, em julho, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido
de R$ 6.802,88 ou 4,82 vezes o mínimo de R$ 1.412,00. Em junho, o valor necessário era de R$ 6.995,44 e equivalia a 4,95 vezes o piso mínimo.

Cesta x salário mínimo

Em julho de 2024, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 105 horas e 08 minutos, menor que em junho, quando ficou em 109 horas e 53 minutos. Já em julho de 2023, a jornada média foi de 111 horas e 08 minutos. Quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em julho de 2024, 51,66% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos, e, em junho, 54,00% da renda
líquida. Em julho de 2023, o percentual ficou em 54,61%.

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil/Arquivo

Informações: Dieese

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