A confiança do empresário subiu em janeiro tanto na indústria como no setor de comércio/serviços. A conclusão é de indicadores do instituto FGV/Ibre anunciados nesta semana. Destaque para as atividades de serviços, que teve em 2023 um fim de ano “desafiador” na avaliação da fundação. O Índice de Confiança de Serviços (ICS) do FGV IBRE subiu 1,9 ponto em janeiro, indo para 95,7 pontos, maior nível desde outubro de 2022 (97,6 pontos).
“A percepção sobre a situação atual ratifica a perda de fôlego do setor observada desde o segundo semestre de 2023. Em compensação, melhores avaliações na demanda para o primeiro trimestre do ano e redução do pessimismo sobre o ambiente de negócios podem refletir na volta do crescimento do setor, ainda mais pela disseminação entre os principais setores”, avaliou o economista do FGV Ibre, Stéfano Pacini.
Na média, a situação do comércio é semelhante. O índice Icom avançou 1,2 ponto neste mês, indo para 90,5 pontos, maior nível desde outubro de 2022 (94,9 pontos). Mas ainda longe do ponto de virada para a zona de otimismo (acima de 100 pontos). Também pesquisadora do instituto, Geórgia Veloso ressalta que a expansão não é disseminada pelos diferentes setores do varejo, “indicando que segmentos mais dependentes de crédito ainda não demonstram sinais claros de recuperação”.
Já a indústria – que assim como os serviços terminou o ano em trajetória mais pessimista – se aproxima da mudança no status da confiança, marcando em janeiro 97,4 pontos. “A recuperação se mantém pelo quarto mês consecutivo e com características semelhantes ao observado nos últimos meses. A alta de janeiro reflete a percepção de melhora dos empresários em relação a situação atual, resultado do aumento da demanda e do movimento de escoamento de estoques”, explana Pacini. Neste mês, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 1,8 ponto.
Foto: reprodução/site do FGV Ibre
