A China segue no protagonismo do comércio exterior brasileiro. A variação em valor das exportações foi de 18,5% e as importações recuaram em 0,1% na comparação interanual do mês de janeiro entre 2023 e 2024. No entanto, os mercados da África, Oriente Médio fazem o fiel da balança nas finanças brasileiras. As informações foram apuradas pelo FGB IBRE.
Os dados vem sendo observados ao longo de 2023. O aumento das exportações em 21,1% superou o das importações, em 9,7%. Em relação a precificação, o recuo nas importações de 8,8% ultrapassou o das exportações, 2,0%
As commodities assumiram a liderança no aumento das exportações do comércio exterior brasileiro com crescimento de 31,5%, (variação, entre os meses de janeiro de 2023 e 2024). A queda nos preços das commodities foi de 2,3%.
Destaques
Os destaques vão para : petróleo bruto – com crescimento de 53,1%, no comparado com janeiro. As vendas de petróleo bruto (17,8% do total exportado) impulsionadas pelo aumento de 53,4%, (mesmo com recuo nos preços). A seguir as exportações de minério de ferro (participação de 10,5%), com aumento em valor de 56,9%.
Agronegócio
O agronegócio sempre o carro-chefe do comércio internacional. A agropecuária, por sinal, apresentou variação positiva em volume (33,0%), mas queda de preços. A soja sempre na liderança, com participação de 5,4% nas exportações totais.
Entre os principais parceiros temos a China (crescimento de 53,7%), Estados Unidos (26,8%); as grandes quedas no comércio internacional foram com a União Europeia, queda nas vendas em 17,7% e Argentina caindo 25,4%.
China – o peso pesado
A China é, sem dúvida um peeo-pesado no comércio internacional e grande parceiro do Brasil. Ela contribuiu com US$ 2,7 bilhões e os Estados Unidos com US$ 244 milhões para o superávit da balança comercial de janeiro. As duas zebras, Argentina e União Europeia registraram saldos negativos.
Um ponto fora da curva é a participação positiva de países africanos e do oriente medio, além de uma reaproximação de outros países sul-americanos. Os países africanos tiveram saldo positivo de US$ 855 milhões; Oriente Médio (US$ 990 milhões) e América do Sul, exclusive Argentina (US$ 543 milhões). O somatório final é de US$ 2,4 bilhões, que mais US$ 1,2 bilhões da Ásia, exclusive a China, chega-se a um superávit de US$ 3,6 bilhões.
Foto Jose Cruz / Agência Brasil