Abate de bovinos cresce 12,6% e suínos cai pela primeira vez desde 2014

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Criação de gado para produção de leite

Agência IBGE

O abate de bovinos chegou a 8,36 milhões de cabeças no 2º trimestre de 2023, alta de 12,6% em relação ao mesmo período do ano anterior e de 13,4% na comparação com o 1º trimestre de 2023. Já o abate de 14,08 milhões de cabeças de suínos representou queda de 1,0% em relação ao mesmo período de 2022 e de 0,6% na comparação com o 1° trimestre de 2023, interrompendo uma série de comparações anuais positivas que vinham desde o segundo trimestre de 2014.

Os dados são da Estatística da Produção Pecuária, divulgada hoje (06) pelo IBGE. Os números mostram também que o abate de 1,56 bilhão de cabeças de frangos foi recorde para um 2º trimestre, com alta de 4,7% em relação ao mesmo período de 2022 e queda de 3,2% na comparação com o 1° trimestre de 2023.

O supervisor da pesquisa, Bernardo Viscardi, destaca o crescimento no abate bovino de fêmeas: “Houve um aumento de 23,9% no abate de fêmeas na comparação anual, com destaque para as novilhas – fêmeas de até 2 anos – que registraram recorde em números absolutos, com 1,16 milhão de cabeças, e aumento de 40,2% em relação ao mesmo trimestre de 2022”. Ele destaca ainda que as exportações bateram recorde para um 2º trimestre, impulsionadas pela retomada das exportações para a China, que estavam embargadas.

Em relação ao mesmo período de 2022, 934,45 mil cabeças de bovinos a mais foram abatidas no 2º trimestre de 2023, aumento impulsionado por 18 das 27 unidades da federação (UFs). Os mais significativos foram em Mato Grosso (+310,74 mil cabeças), Rondônia (+243,27 mil cabeças) e Goiás (+187,91 mil cabeças).

Abate de suínos tem queda na comparação anual e interrompe sequência de recordes

O abate de suínos interrompeu sua trajetória de recordes e mostrou queda na comparação anual pela primeira vez desde 2014. O total de 14,08 milhões de cabeças abatidas representou uma queda de 1,0% em relação ao mesmo período de 2022 e de 0,6% na comparação com o 1° trimestre de 2023.

“O abate de suínos vinha batendo recordes sucessivamente, então, já era esperado que em algum momento o mercado ficasse saturado. Além disso, tem a questão da competitividade com a carne bovina, que caiu um pouco de preço e está mais acessível no mercado interno, além do próprio frango, que também está com oferta interna abundante”, explica o supervisor.

Viscardi ressalta que, mesmo com essa redução, a exportação de carne suína foi recorde para um 2º trimestre e que, apesar da queda do número de cabeças, a quantidade produzida de carcaças teve um pequeno crescimento, devido ao aumento do peso médio dos animais abatidos.

O abate de menos 148,23 mil cabeças de suínos no 2º trimestre de 2023, em relação ao mesmo período do ano anterior, foi influenciado por quedas em 17 das 24 unidades da federação investigadas. As maiores reduções foram no Rio Grande do Sul (-108,59 mil cabeças), Minas Gerais (-85,43 mil cabeças), São Paulo (-60,87 mil cabeças), Mato Grosso (-53,36 mil cabeças) e Goiás (-53,30 mil cabeças).

FotoLicia Rubinstein/Agência IBGE Notícias

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