O pagamento do 13º salário deve movimentar o varejo mesmo em um cenário de priorização de compromissos financeiros. Dados de um levantamento exclusivo da Shopper Experience HSR para a ESPM, realizado neste mês de novembro, indicam que 60% dos entrevistados utilizarão o valor para quitar dívidas. Mesmo assim, uma parte do dinheiro extra segue para o consumo, poupança ou investimentos.
No ambiente digital, as ofertas remanescentes da Black Friday nos aplicativos da Shopee, TikTok Shop, Shein, Mercado Livre e outros e-commerces devem capturar grande parte da primeira parcela do 13º. A combinação de ofertas, compras por conteúdo e promoções relâmpago tende a atrair um público mais jovem.
Ricardo Pastore, professor-mentor do ESPM Retail Studio, explica que a divisão do 13º salário impulsiona diferentes tipos de compras. “A primeira parcela vai estar nesse grande movimento de ofertas da Black Friday. A segunda, em dezembro, vai estar misturada também com as promoções de final de ano e de Natal”, diz. Dados da Shopper indicam que 73% dos consumidores planejam concentrar os gastos em dezembro, último mês do ano.
Ainda de acordo com a pesquisa, em média, 10 a 20% do 13º é destinado diretamente às compras – o suficiente para impulsionar as vendas de final de ano. O benefício é uma das principais fontes de faturamento do varejo no último trimestre do ano. As categorias com maior potencial são roupas e calçados, que chegam a crescer 52%, além de eletrônicos e eletrodomésticos que registram alta de 37%. Alimentos, bebidas, viagens e outras despesas também são prioridades.
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