Augusto Vasconcelos
Secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia
Dados do CAGED, em fevereiro de 2025, apontam que o saldo de empregos formais mais que dobrou na Bahia. No Brasil foi de 431.995 postos de trabalho, resultado da diferença entre 2.579.192 admissões e 2.147.197 desligamentos. O resultado em fevereiro foi 199,8% maior do que o apresentado em janeiro de 2025 (144.086 empregos formais).
Na Bahia, o saldo de 20.132 empregos
formais, registrado em fevereiro, foi
resultado de 99.593 admissões e 79.461 desligamentos, o que coloca o estado na primeira posição do Nordeste, seguido de Pernambuco e Ceará.
Temos aproveitado o bom momento da economia brasileira e estamos trabalhando para atrair novos investimentos para gerar mais empregos, além de fortalecer um amplo programa de qualificação profissional e intermediação de mão de obra através do Sine.
Tem muita coisa boa ainda pra acontecer, com a chegada da BYD, o avanço das obras do VLT, a Ponte Salvador-Itaparica, a Ferrovia de Integração Oeste-Leste, o Porto Sul, a retomada do estaleiro Enseada e oportunidades na área do Petróleo e gás. Na agricultura há expectativa de termos safra recorde e em setores como o turismo tivemos o melhor desempenho dos últimos anos.
O ambiente propício para a busca de novas oportunidades é o resultado de um esforço em equipe liderado pelo Governo do estado, que tem sinalizado com segmentos empresariais, prefeituras, sindicatos e associações uma atuação em conjunto nas áreas tributária, fiscal, incentivando a inovação e criando um ambiente de aumento da escolaridade aliado com as boas perspectivas de logística e infraestrutura que se apresentam.
Óbvio que há obstáculos no horizonte que podem impactar no crescimento do Brasil e consequente do nosso estado, a exemplo da elevação da taxa básica de juros, a SELIC, que pode inibir o setor produtivo. Outro aspecto a ser considerado são os reflexos da guerra comercial turbinada por Trump e seu tarifaço, que pode alterar relações internacionais com reflexos imprevisíveis.
Outro desafio importante que precisamos enfrentar é o aumento da renda média dos trabalhadores, o que somente poderá ocorrer com um amplo esforço de ampliação da participação industrial no PIB, impulsionando avanço tecnológico, propiciando o surgimento de ocupações que pagam melhores remunerações.
Nas últimas semanas em que estive em Brasília me reuni com os Ministros do Trabalho, da Ciência e Tecnologia, do Empreendedorismo, Turismo, Esporte, além da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, tratando de projetos para nosso estado. Há boas perspectivas nesse diálogo institucional.
Diante desses números animadores, devemos comemorar, mas manter os pés no chão pois ainda temos um longo percurso pela frente. A Bahia e o Nordeste ainda carecem de um olhar mais atencioso da Nação para promover desenvolvimento regional, reequilibrando as assimetrias com os estados do Sudeste e Sul, que historicamente concentram as maiores receitas do país.
Em cada reunião, agenda, discussão de pauta, audiências, temos sempre em mente que o propósito da nossa ação é melhorar a vida das pessoas. Não é uma tarefa fácil, mas quando estamos imbuídos de uma missão e temos uma grande equipe, podemos dar grandes saltos.
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