Adriano Villela
A Petrobras divulgou na quinta-feira (23), à noite, seu Plano Estratégico 2024/28, que prevê um investimento global de US$ 102 bilhões. A proposta foi aprovada pelo Conselho de Administração. O montante é 31% superior aos valores do documento anterior, último elaborado na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro e que envolveria o período 2023-27.
O novo plano destina recursos para Exploração e Produção (72% do total), seguida de Refino, Transporte e Comercialização (16%), Gás e Energia e Baixo Carbono (9%) e o corporativo (3%). Confirma a intenção da empresa em retomar a planta de fertilizantes nitrogenados no Paraná e concluir a unidade de Três Lagoas (MS). Mas deixa a Braskem em aberto.
Com fábrica no Polo Industrial de Camaçari, a Braskem é controlada pela Novonor (ex-Odebrecht) e tem a Petrobras com 36% das ações. A Novonor negocia o repasse integral ou quase total de sua participação. Pela posição que tem, a Petrobras pode também vender sua fatia para o mesmo comprador – não definido ainda -, comprar ela mesma a parte da antiga Odebrecht ou ficar como está.
O PE 2023/24 destina US$ 11 bilhões para projetos em avaliação, mas sem citar negociações específicas. Segundo a companhia, o aumento do investimento frente ao plano anterior foi causado principalmente por novos projetos, incluindo potenciais aquisições, a ativos que estavam em desinvestimento e voltaram para a carteira de implantação e à inflação de custos.
“Aumentamos os investimentos totais da Petrobras com responsabilidade, foco na disciplina de capital e compromisso de manter o endividamento sob controle. Também intensificamos os investimentos em baixo carbono com projetos rentáveis para geração de valor no longo prazo”, afirmou o CEO, Jean Paul Prates, em nota.
Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República
