Sebrae e Fundação Bunge promovem desenvolvimento de 80 pequenas empresas

 

A Tornearia Rondonópolis, uma microempresa localizada no município com o mesmo nome no Mato Grosso, está realizando o sonho de milhares de empresários: ter uma multinacional como cliente, fornecer seus serviços com qualidade, e ainda ser capacitado para se adequar à necessidade da empresa. O pequeno negócio está na lista das cerca de 80 micro e pequenas selecionadas pelo Sebrae e pela Fundação Bunge para serem orientadas e inseridas competitivamente na cadeia produtiva da empresa líder mundial no processamento de sementes oleaginosas e na produção e fornecimento de óleos e gorduras vegetais especiais.

“Para nós é uma enorme oportunidade poder fazer parte desta ação. Nos dá determinação para crescermos juntos e contribuir com o desenvolvimento da empresa”, comenta Luahn Ricardo de Oliveira, da Tornearia Rondonópolis. “Em relação à capacitação, é algo que imaginamos que deverá abrir várias portas, assim como melhorar nossa relação com a Bunge. A ação vai nos ajudar a compreender a necessidade e colaborar com a melhoria de empresas do mesmo segmento”, completou o torneiro mecânico.

As empresas escolhidas já passaram por uma rodada de negócios com a Bunge. Foram beneficiados negócios de oito cidades onde há filiais da multinacional: Rio Grande (RS), Luís Eduardo Magalhães (BA), Rondonópolis (MT), Nova Mutum (MT), Ponta Grossa (PR), Duque de Caxias (RJ), Ipojuca (PE) e Uruçuí (PI). No total, mais de 440 pequenos empresários participaram das rodadas de negócios. Entre os serviços prospectados estavam os de manutenção (civil, hidráulica, ar-condicionado e elétrica), limpeza, automação, além de gráficas, papelarias. O objetivo da iniciativa é promover a inserção competitiva e a melhoria do desempenho dos pequenos negócios de forma sustentável.

“Além de beneficiar os pequenos negócios, as grandes empresas, quando participam de ações como esta otimizam seus produtos e serviços, reduzem custos e aumentam a flexibilidade e agilidade da sua cadeia produtiva. Esses são fatores essenciais para se diferenciar em um mercado cada vez mais competitivo”, defende o analista de competitividade do Sebrae, William Almeida. “Por meio da capacitação, os empreendedores vão desenvolver competências nas quais ainda são deficientes. Para isso, terão um plano de ação desenhado para cada empresa”, explica.

“Nosso objetivo é que as pessoas sejam cada vez mais inseridas nas oportunidades para que possam fazer uma produção realmente inclusiva e sustentável. A opção por um fornecedor próximo reduz a pegada de carbono com menor logística de transporte e movimenta a economia local”, aponta Claudia Buzzette Calais, diretora-executiva da Fundação Bunge.

O trabalho em conjunto é fruto de uma parceria assinada com a Fundação Bunge em agosto do ano passado, no contexto do projeto Economia da Gente – projeto desenvolvido em parceria com a área de Suprimentos da Bunge para o desenvolvimento socioeconômico das regiões onde a empresa possui operações por meio de ações de inteligência e aproximação comercial. O coordenador de projetos da Fundação Bunge, Jorge Alberto Fernandes, aponta os benefícios da iniciativa. “É uma ação que pode trazer crescimento para as empresas da região e, consequentemente, gerar riqueza e renda para os pequenos negócios. Todos ganharão com a ampliação das cadeias de fornecimento no território”, afirma

Após as rodadas de negócios e a seleção das empresas, a próxima etapa será de modelagem. Nela, o Sebrae aplicará um diagnóstico nas empresas que participarão do desenvolvimento e, junto com os consultores, serão realizadas ações para aplicá-las nos negócios para que possam aprimorar seus serviços e produtos.

Foto © Fernando Frazão/Agência Brasil

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