PIX dá bye bye pra TEC e DOC

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Alessandra Nascimento – Site Café com Informação

Pois é meus amores, voltei!

E nada melhor que o otimismo e ânimo para escrever este novo artigo. Bem vamos ao que de fato vim escrever: o beijinho no ombro que o PIX, de mansinho deu no TEC (Transferência Especial de Crédito) e no DOC (Documento de Ordem de Crédito). Pois é, essa modalidade que recém completou três anos veio com a corda toda revolucionando o mercado de pagamentos no país. Ele não dança como as “Poderosas” de Anitta, mas tocou um rebu nos mercados.

Ai memória! Lembram daquele meu artigo sobre o cheque? Tem problema não. É só clicar  aqui! A revolução tem um preço. Aliás todas elas. E quem dorme no ponto perde o melhor da viagem. Assim foi com o TEC e o DOC que têm velório marcado para dia 15, quando será o prazo limite para envio ou agendamentos das duas modalidades e, o dia 29 do próximo mês quando serão oficialmente enterrados na história.

O ano que acabou há duas semanas serviu para confirmar a expectativa do mercado sobre o PIX que registrou crescimento de 54%, com movimentação de R$ 16,9 trilhões no acumulado anual (valores parciais de dezembro). Já as operações saltaram de 11,7 bilhões, em 2022, para 37,1 bilhões até novembro de 2023. São 145 milhões de pessoas físicas com chaves cadastradas, representando 67% da população de nosso país. Como não podia deixar de ser, o Banco Central entrou de cabeça na popularidade, agilidade e, principalmente no facilitador do PIX e se programa para neste 2024 lançar a versão automática em pagamentos de contas recorrentes.

Mas deixa isso pra outubro que é quando se prevê a entrada em vigor e voltemos aos quase finados TEC e DOC. Extremamente burocráticos, com cobrança de taxas que variavam a quantia de acordo com o valor e fora as dores de cabeça de ir ao banco, checar saída, confirmar entrada e isso não era imediatamente na conta do cliente. Levava em média de três ou mais dias úteis. (Depositou sexta e veio feriadão se lascou!) Havia também num passado não tão distante (e de vez em quando se noticia novamente) pessoas que levavam grandes volumes de dinheiro para fazer pagamentos nos bancos e, em muitos casos era para não pagar a tal taxa e a espera de entrar na conta. A questão da segurança era muito séria e não preciso dizer quantos infelizmente pagaram com a vida carregando dinheiro grande.

Diferente de hoje que é possível sair de casa sem dinheiro (mas com todo o cuidado para não levarem o celular ou apertar um link duvidoso e sofrer um ciberataque). O parcelamento do PIX já é uma realidade via cartão, com direito a programação de pagamentos, dentre outros.

Quando estavam em plena operação TEC e DOC, era inacreditável você pagar um serviço por um banco e na mesma hora entrar na conta do vendedor que tem a conta em outro banco que não o seu. A Federação Brasileira de Bancos, Febraban, apresentou um levantamento baseado em dados do Banco Central que mostrou que as transações via DOC no primeiro semestre de 2023 somaram 18,3 milhões de operações, apenas 0,05% do total de 37 bilhões de operações feitas no ano, ficando atrás dos cheques (125 milhões), TED (448 milhões), boleto (2,09 bilhões), cartão de débito (8,4 bilhões), cartão de crédito (8,4 bilhões).

A Febraban havia se posicionado sobre a extinção das duas modalidades de meio de pagamento apontando o desinteresse e a perda de espaço com a concorrência do PIX as causas do fim dessas modalidades.

Pois é 2024 mal começou e com certeza vem muita coisa por aí. Esse é o Admirável Mundo Novo da Tecnologia e Inovação reconfigurando cada vez mais rápido nossa realidade.

Foto: Marcello Casal Junior/Agência Brasil

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