Os desafios da inclusão no mercado de trabalho

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Alessandra Nascimento

Editora-chefe

A pandemia trouxe muitas lições para a humanidade.  Uma delas é um novo olhar para a acessibilidade,  principalmente em virtude do consideravel numero de debilidades causadas não apenas pela Covid-19 como pelas consequências  do isolamento forçado.  As chamadas deficiências ocultas e os surtos associados a elas são cada vez mais comuns como a luta pelo acolhimento social numa nova reconfiguração de sociedade.

Para se ter ideia, nos EUA, dados do Ministério da Saúde  daquele país  apontam que a força de trabalho de pessoas com deficiência aumentou em mais de um milhão de pessoas nos últimos três anos, chegando a quase 8 milhões.

No Brasil, desde antes da Covid-19 já contávamos com a Lei de Cotas para Pessoas com Deficiência (8.213/91) assegurando reserva de vagas. Mas as lições da pandemia vão além da simples obrigatoriedade legal: a empatia laboral garantindo a todos oportunidades justas.

Foto: Divulgação

O Site Café com Informação ☕️  conversou com a gestora de Recursos Humanos da Ferreira Costa, Glenda Ramos, sobre as ações do grupo neste campo. O Ferreira Costa, com seus 139 anos de história, está nos estados de Pernambuco, Bahia, Sergipe, Paraíba e Rio Grande do Norte, emprega 5.600 colaboradores nas duas unidades de Salvador: Home Center Paralela e a unidade recém inaugurada dos Barris.

Site Café com Informação : Como é a contratação de um PCD?
Glenda Ramos: O candidato PCD precisa apresentar um laudo comprovando a limitação dele. A seguir, precisa se inscrever no site de carreiras da empresa (https://carreiras.ferreiracosta.com/). Com a inscrição concluída, de acordo com o perfil, o profissional é convocado para uma entrevista presencial. Se for uma deficiência auditiva, 100% auditiva, temos a preocupação de colocar alguém que entenda a linguagem de Libras. Caso contrário, a seleção segue no mesmo trâmite de uma pessoa que não tenha nenhum tipo de deficiência.

SCI: Como vocês realizam o monitoramento e o suporte as pessoas com deficiência?
GR: O monitoramento é realizado com o líder imediato. Somos uma empresa inclusiva e temos uma preocupação muito grande em contratar de acordo com o que o colaborador consiga produzir para a empresa.

Temos a preocupação de entender a limitação do profissional e entregar uma atividade que ele vai conseguir realizar sem dificuldade. Então, o líder imediato é quem faz esse acompanhamento e, em caso de necessidade de algum ajuste, que já tivemos aqui alguma situação de ter que ajustar a atividade, o RH dá o suporte.

SCI: Vocês também incluem oportunidades de emprego Pessoas com Deficiência Oculta? Qual suporte oferecem?
GR: Temos alguns colaboradores com deficiência oculta que foram contratados. Agora, o que temos que garantir, é que essas pessoas estejam com acompanhamento adequado. Se o caso exigir uso de medicamento, torna-se necessário comprovar que está tomando a medicação. Por isso a importância de apresentar a receita e que está fazendo uso da medicação, pois teremos a comprovação que está seguindo com o tratamento.

Além disso, a nossa empresa oferece o suporte de escuta, entendendo as limitações e adequando tudo da melhor forma.

Foto: Marketing/Ferreira Costa

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