O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo Federal pode banir bets ilegais de atuarem no país. O governo está unindo forças após as informações sobre o alto endividamento de parte da população brasileira com as apostas on-line e o uso dos recursos do bolsa família para o pagamento das apostas.
A primeira iniciativa foi o anúncio de que o governo vai proibir o uso dos recursos do programa de transferência de renda para pagar as empresas e o segundo veio agora por meio de uma declaração do ministro dizendo que o governo está realizando estudos sobre as ações a serem tomadas.
“Posso assegurar é que o executivo do Brasil tem em suas mãos os instrumentos necessários para regulamentar e coibir os abusos”, disse. Ele mencionou que o presidente Lula teria solicitado providências dos ministérios da Fazenda, Saúde e Desenvolvimento Social e Esporte para coibir a lavagem de dinheiro. “Haverá o caso monitoramento CPF por CPF para averiguar quanto a pessoa está postando e quanto ela está recebendo em prêmios. Não está descartado providências para coibir o endividamento como banimento do jogo das empresas não credenciadas do espaço de operação do Brasil”, revelou.
Haddad lembrou que a situação das Bets se arrasta desde o governo Temer. Na época, explicou, o executivo teria dois anos para regulamentar prorrogáveis por mais dois anos. Como o assunto não foi regulamentado no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e a situação das empresas de apostas on-line acabou se agravando, foi no governo atual que o executivo apresentou projeto de lei. “No primeiro semestre do ano passado mandamos uma medida provisória para o Congresso Nacional para regulamentar as bets e botar ordem no caos que se instalou no país mas a medida provisória infelizmente não foi votada e caducou”, completou.
Ele falou que foi aproveitado um outro projeto de lei no final do ano passado incluindo em outro PL o texto da MP com a regulamentação. Haddad também mencionou que o governo vai acompanhar as famílias e a condição de dependência de crianças e adolescentes dos jogos.
Foto Walter Campanatto/Agência Brasil