Lula conversa com FMI sobre reforma do sistema financeiro global

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O Lula  recebeu, nesta segunda-feira (4), a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, e a presidenta do New Development Bank (NDB), Dilma Rousseff. A audiência no Palácio do Planalto foi acompanhada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

A conversa abordou a importância das mudanças nos mecanismos internacionais de financiamento,  como a conversão de dívidas de nações mais pobres em investimento em infraestrutura, e o engajamento da comunidade internacional nas prioridades colocadas pelo Brasil na presidência do G20 em 2024, como a redução da pobreza e das desigualdades.

Lula fez questão de lembrar das missões do FMI ao Brasil para “inspecionar as contas do país”, e do descaso dos técnicos em escutar os ministrosda Fazenda. Segundo ele, a história felizmente mudou muito, mas revelou a expectativa de ver mudanças mais radicais adequando  o FMI e outras instituições financeiras internacionais à nova realidade geopolítica, em especial a dos países em desenvolvimento.

O presidente ressaltou reuniões multilaterais de que participou nas últimas semanas, nas cúpulas da União Africana, da Comunidade do Caribe (Caricom) e da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC). Em todas, o tema do endividamento excessivo veio à tona, uma evidência da necessidade de equacionar o assunto para permitir que nações tenham chance de promover avanços sociais, econômicos e de infraestrutura.

Georgieva ressaltou que sua gestão à frente do FMI tem sido permeável e sensível às necessidades dos países em desenvolvimento. Cumprimentou o presidente Lula e o ministro Haddad pela “excelente condução das reuniões do G20″.

“Temos emprestado aos países em desenvolvimento em uma escala sem precedentes, incluindo empréstimos concessionais para mais de 40 países durante meu mandato”, afirmou, sublinhando que houve cinco vezes mais empréstimos para países de baixa renda e que o FMI promoveu o alívio da dívida a 29 países mais pobres durante a pandemia da Covid-19.

A diretora do FMI expressou, ainda, a necessidade de que diferentes bancos nacionais e regionais de fomento se adaptem aos novos tempos, e apontou para a relevância do papel da ex-presidenta brasileira Dilma Rousseff à frente do Banco do BRICS.

Foto: Ricardo Stuckert / PR

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