Intenção de reforma cresce 16,67% entre brasileiros, aponta estudo

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A disposição dos brasileiros em realizar obras e reformas ganhou fôlego no mês de setembro de 2025. É o que mostra o Índice de Intenção de Obra (InObra), levantamento mensal conduzido pela Juntos Somos Mais, joint venture formada por Votorantim Cimentos, Gerdau e Tigre, que atua na digitalização e no fortalecimento do varejo de materiais de construção (matcon) por meio de dados e inteligência de mercado.

Na comparação mês a mês, a variação foi de 16,67%, sinalizando uma retomada concreta da intenção do consumidor em investir em melhorias no lar. O indicador registrou recuperação e retornou ao patamar de 28%, uma alta de 4 pontos percentuais em relação a agosto, após dois meses consecutivos de queda. Já frente ao mesmo período de 2024, o índice manteve-se estável, demonstrando resiliência mesmo em um ambiente econômico de crescimento moderado.

O estudo revela que 22% dos brasileiros têm uma obra planejada, enquanto 9% já estão com reformas em andamento. Entre aqueles que manifestam intenção, 44% pretendem iniciar obras nos próximos seis meses, e 31% projetam executar algum tipo de intervenção em até um ano. Esses dados indicam um consumidor que volta a planejar, mas ainda preserva cautela quanto ao momento de execução, observando fatores como orçamento, preços de materiais e estabilidade financeira.

Os produtos mais citados pelos entrevistados reforçam a prioridade por obras de manutenção e melhorias essenciais: tintas, cimento e argamassa lideram a lista de itens desejados. Esse comportamento sugere intervenções voltadas à conservação de imóveis e à valorização do lar, em detrimento de reformas estéticas ou de alto custo.

Norte lidera intenção de obras; sudeste e Centro-Oeste seguem aquecidos

Regionalmente, o Norte do país é hoje a região com maior intenção de realizar obras, com 34% dos entrevistados declarando intenção de reformar ou construir. Na sequência aparecem Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste com 27% , que mantêm níveis consistentes de interesse, impulsionados por movimentos de expansão urbana e regularização habitacional.

A retomada observada em setembro pode indicar um novo ciclo de investimento doméstico, especialmente em pequenas reformas e manutenções. Para os players do setor, acompanhar a evolução dessa intenção será essencial para antecipar movimentos do consumidor e ajustar estratégias comerciais em um mercado que representa cerca de 7% do PIB nacional.

Foto Fernando Frazão/Agência Brasil/Arquivo

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