No primeiro levantamento do ano, o índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) recuou 0,5%. Ainda assim, manteve alta expressiva no acumulado de 12 meses (12,8%).Segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC), responsável pelo indicador, preocupações com emprego e endividamento frearam a intenção de consumo neste começo de ano.
A queda em janeiro foi puxada principalmente pelas famílias com renda abaixo de 10 salários mínimos, declínio de 0,8%. “O início do ano exige maior controle do orçamento por conta dos gastos específicos do período, como IPTU, IPVA, material escolar e matrículas, entre outros, o que influencia muito no consumo das famílias”, explica o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares.
O subindicador sobre emprego atual ficou nos 127,7 pontos, 0,3% menor do que em dezembro. Contudo, o número é 7,7% maior do que em janeiro de 2023 e mantém o componente do ICF acima da zona de satistação (100 pontos). Já o subíndice perspectiva profissional diminui 1%. Mesmo com 117,7 pontos e 7,4% acima no comparativo interanual, este fator preocupa mais, pois vem retraindo sistematicamente desde julho passado.
Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, “a nossa expectativa é que o cenário econômico continue melhorando nos próximos meses, o que deve contribuir para um crescimento mais robusto do consumo ao longo de 2024”. O executivo avalia que o cenário atual ainda tem desafios a serem enfrentados.
O subindicador que mede o nível de consumo atual ficou em 92,4 pontos, em janeiro. Houve queda 0,7% com relação ao mês anterior e aumento de 18,1% no comparativo interanual. Já a perspectiva de consumo para o futuro continua positiva, marcando 109,8 pontos em janeiro.
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