Um grupo de trabalho foi criado, no Ministério das Comunicações, para debater a TV 3.0, uma nova tecnologia de TV digital. A Câmara integra o GT. O supervisor da Rede Legislativa e representante da Astral (Associação Brasileira e Rádios e TVs Legislativas), Carlos Neiva, explica que a novidade é resultado de um casamento entre radiodifusão e internet.
Segundo Neiva, a TV 3.0 vai permitir maior qualidade de imagem e de som (Ultra HD), além de um áudio imersivo, como o do cinema. O telespectador poderá, inclusive, fazer compras e ouvir rádio pela TV. De acordo com Neiva, “Tudo o que é possível fazer na internet, será possível fazer na TV”.
A nova TV será baseada em aplicativos – e não mais em canais. A TV Câmara, por exemplo, será vista por meio de um aplicativo – assim como as outras emissoras. Isso permitirá conteúdos personalizados, com avanços na implementação de políticas públicas, segundo Neiva. Será possível transmitir conteúdos de educação ou de saúde para uma determinada região, por exemplo. E até fazer pesquisas do IBGE pela TV 3.0.
Na transição entre os dois sistemas, haverá um período de transmissão conjunta. Mas será necessária a troca para novo aparelho 4k. Hoje, segundo Carlos Neiva, o novo aparelho é 50% mais caro que o atual. Mas ele acredita que o valor será reduzido com o tempo e com o ganho de escala comercial do novo produto. Para o radiodifusor, haverá um custo “relativamente alto” para a substituição de transmissores.
O grupo de trabalho que analisa a nova tecnologia tem até o final de dezembro para definir qual padrão vai ser adotado. Na primeira transição entre os sistemas analógico e digital, foi adotado o padrão nipo-brasileiro. O GT também vai analisar a regulamentação e a transição para o novo sistema.
Fonte Radio Câmara
Foto Marcelo Camargo