Custo da cesta diminui em 15 capitais em maio

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O valor do conjunto dos alimentos básicos diminuiu em 15 cidades e aumentou em duas, segundo dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em 17 capitais. Entre abril e maio de 2025, as quedas mais importantes ocorreram em Recife (-2,56%), Belo Horizonte (-2,50%) e Fortaleza (-2,42%). As duas altas foram registradas em Florianópolis (0,09%) e Belém (0,02%). São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior
custo (R$ 896,15), seguida por Florianópolis (R$ 858,93), Rio de Janeiro (R$ 847,99) e Porto Alegre (R$ 819,05). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 579,54), Salvador (R$ 628,97), Recife (R$ 636,00) e João Pessoa (R$ 636,73).

A comparação dos valores da cesta, entre maio de 2024 e maio de 2025, mostrou que quase todas as capitais tiveram alta de preço, com variações entre 0,77%, em Natal, e 8,43%, em Vitória. Em Aracaju, o preço médio não variou. No acumulado do ano, ou seja, entre dezembro de 2024 e maio de 2025, todas as cidades registraram alta nos preços da cesta, com taxas que oscilaram entre 2,48%, em Campo Grande, e 9,09%, em Belém.
Com base na cesta mais cara, que, em maio, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em maio de 2025, o salário
mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 7.528,56 ou 4,96 vezes o mínimo reajustado em R$ 1.518,00. Em abril, o valor necessário era de R$ 7.638,62 e correspondeu a 5,03 vezes o piso mínimo. Em maio de 2024, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.946,37 ou 4,92 vezes o valor vigente na época, que era de R$ 1.412,00.

Cesta x salário mínimo
Em maio de 2025, o tempo médio necessário no país para adquirir os produtos da cesta básica foi de 107 horas e 43 minutos, menor do que o registrado em abril, quando ficou em 108 horas e 55 minutos. Já em maio de 2024, a jornada média nacional foi de 110 horas e 31 minutos.
Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em maio de 2025, 52,93% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos e, em abril, 53,52% da renda líquida. Em maio de 2024, o percentual médio ficou em 54,31%.

Foto: Alexas_Fotos/Pixabay

Informações: DIEESE

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