Crédito para famílias avança para 10,3% e crédito a 9,9%

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A expectativa de projeção de crescimento da carteira de crédito das famílias neste ano passou de 9% para 10,3% e a carteira deve subir de 8,9% para 9,9%, segundo a Pesquisa de Economia Bancária e Expectativas da Febraban. Logo, a carteira total para 2024 mantém a tendência de alta e avança de 8,4% (pesquisa de fevereiro) para 8,8%, se aproximando da última projeção do Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central, que está em 9,4%. Lembrando que ano passado, a carteira total fechou com aumento de 8,1%.

Já o levantamento mostrou que projeção para a evolução da carteira direcionada às empresas foi revista para baixo, passando de 8,8% para 8,3%. A expectativa de crescimento da carteira livre subiu de 8,1% para 8,5%, puxada pela previsão de maior expansão da carteira pessoa física, que passou de 8,9% para 9,5%, e a previsão para a carteira livre pessoa jurídica subiu de 7,4% para 7,6%.

A Pesquisa de Economia Bancária e Expectativas da Febraban é realizada a cada 45 dias, após a divulgação da Ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e mostra a estimativa dos bancos para o comportamento de diversas variáveis da economia ao longo deste e do próximo ano.

Nesta edição participaram das entrevistas 20 bancos no período entre 26 de março a 02 de abril. A pesquisa apresentou estimativas dos bancos em relação ao crédito em 2025, e captou melhora nas projeções. A expansão da carteira total esperada para 2025 saiu de 8,1% para 8,9%, com revisões para cima em recursos livres (+8,9% ante +8,6%) e direcionados (+8,9% ante +8,0%). O destaque fica para a expansão aguardada da carteira destinada às famílias, que segue acima de 9% .

“Apesar do aumento relativo das incertezas no período recente, a pesquisa ainda captou um sentimento positivo por parte dos participantes, tanto em relação ao comportamento geral da economia, como especificamente do crédito, que deve crescer mais do que o esperado até então. Outro ponto importante é que a revisão positiva é sustentada especialmente pelo crédito destinado às famílias, que já tem mostrado uma dinâmica mais positiva nos últimos meses, afirma Rubens Sardenberg, diretor de Economia, Regulação Prudencial e Riscos da Febraban.

Em relação à taxa de inadimplência da carteira, a pesquisa capturou estabilidade da projeção para 2024, ficando em 4,5%. Para 2025, a projeção do indicador caiu para 4,2% (ante 4,3% na pesquisa anterior), indicando que o movimento de queda deve continuar no ano que vem.

Selic

Metade dos participantes (50%) afirmou não ter alterado suas expectativas em relação ao ciclo de cortes da taxa Selic e, segundo a pesquisa, a mediana para a taxa Selic coletada mostra mais dois cortes de 0,50 ponto percentual, seguido de cortes de 0,25 ponto percentual em julho e novembro, quando chegaria a 9,25% ao ano.

Em relação à taxa de câmbio, é aguardada uma relativa estabilidade abaixo do nível de R$/US$ 5 até próximo novembro. Sobre a atividade econômica, 55% dos participantes acreditam que a economia deve seguir surpreendendo positivamente, levando a um crescimento do PIB superior ao estimado pelo consenso atualmente (+1,85%) e a inflação, espera-se que o IPCA encerre o ano em torno de 3,75% (consenso do Boletim Focus).

No âmbito fiscal, as projeções para o resultado primário de 2024 tem melhora de 90% dos participantes enxergando um déficit de 0,75% do PIB já o cenário internacional, 75% dos entrevistados esperam três cortes de 0,25 ponto percentual nos juros norte-americanos até o fim do ano, em linha com o indicado pelo próprio Fed.

Foto: joaogbjunior/Pixabay

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