Maioria dos 15 ramos de atividade econômica monitorados apresentou alta, puxada pelo ritmo acelerado de migrações ao mercado livre, por exportações e pela retomada do comércio e dos serviços
O Brasil consumiu 1,4% mais energia elétrica no primeiro semestre de 2023 do que no mesmo período do ano passado e alcançou a marca de 66.760 MW médios, segundo dados preliminares da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE. O avanço é resultado do bom momento para exportações da indústria mineradora e do crescimento das atividades do comércio e dos serviços, mesmo que as temperaturas mais amenas, sobretudo as registradas em janeiro e abril, tenham levado a uma menor demanda pela utilização de aparelhos de ar-condicionado.
No mercado livre, no qual as grandes indústrias e grupos empresariais podem escolher o seu fornecedor, apresentou alta de 5,2% no comparativo anual. O resultado também foi impulsionado pelo ritmo acelerado de migrações. Somente no primeiro semestre, mais de 3,3 mil novas unidades consumidoras ingressaram no segmento. O ambiente regulado, por sua vez, apresentou uma redução de 0,7%, causada pela presença crescente da micro e minigeração distribuída, por fatores climáticos e pelo próprio volume de agentes que deslocaram-se para o mercado livre.
Consumo por ramo de atividade econômica
Entre os 15 setores da economia que compram energia elétrica no mercado livre, a CCEE observou aumento em onze deles, na comparação com o mesmo período do ano passado. Destaque para o comércio e a extração de minerais metálicos, que cresceram devido ao aumento das atividades em supermercados, com o arrefecimento da inflação, e ao bom momento para exportações de minérios. O ramo de saneamento também apresentou taxa elevada de aumento, mas que é reflexo das migrações de grandes consumidores do segmento para o ambiente.
Consumo por região
Na avaliação regional, as maiores altas ficaram concentradas nas regiões Norte e Nordeste, com destaque para o Maranhão e o Pará. Em ambos, o aumento reflete o consumo das indústrias metalúrgicas e fatores climáticos, sendo que, no caso maranhense, a alta expressiva é resultado também da retomada contínua da produção de uma importante planta do segmento de alumínios.
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