CNI critica PEC que libera estados a criarem nova tributação

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) critica a PEC 45, inserida pela Câmara de Deputados no arcabouço da Reforma Tributária. A entidade informou que pretende trabalhar para que ele seja consolidado pelo Senado Federal sem alterações que comprometam a sua essência, que é a criação de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) de boa qualidade, em substituição a impostos obsoletos e cheios de problemas (ICMS, ISS, PIS/Confins e IPI). Na forma prevista no texto aprovado na Câmara dos Deputados, o IVA representa um avanço inestimável para o sistema tributário e a economia brasileira.

A CNI diz que a contribuição estadual, prevista no artigo 20 do texto aprovado pela Câmara dos Deputados, não integra a estrutura essencial da reforma tributária, que é o IVA, e que a mesma seja preservada. Eles declaram que o artigo dá competência aos Estados para criarem contribuição sobre produtos primários e semielaborados.

“Estamos na posição de trabalhar pela aprovação do IVA, que é a essência da reforma, na forma como foi feito na Câmara. Inclusive, de maneira que ela não tenha que voltar para a Câmara. Que ela seja consolidada no Senado. Mas algumas mudanças são necessárias justamente para não comprometer a estrutura da reforma. Esse é caso do artigo 20”, explica o gerente-executivo de Economia da CNI, Mário Sérgio Telles.

A CNI diz que é contra a criação dessa nova contribuição, pois entende que vai na contramão do que se pretende com a reforma tributária, já que, segundo nota enviada à imprensa, “fere alguns dos seus princípios fundamentais ao manter a cumulatividade, tributar as exportações, prever tributação da produção na origem em oposição à tributação do consumo no local destino e permitir aumento da carga tributária”.

Foto Lula Marques/ Agência Brasil

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