A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e do Turismo (CNC) projeta um crescimento no turismo este ano abaixo de 2023. Em nota enviada na quinta-feira (18), a entidade estima que no ano passado – que tem dados apenas até novembro – a expansão chegue a 7,3% frente ao período anterior e, neste ano, a alta fique em cerca de menos da metade deste percentual: 2,8%.
Esta expectativa menos otimista se deve aos dados de novembro passado, com declínio de 2,4% – maior retração mensal desde maio de 2022. Fabio Bentes, economista responsável pela estimativa, aponta os preços específicos como causa da desaceleração. “Em novembro e dezembro, por exemplo, os reajustes nas passagens aéreas foram os principais responsáveis pelo avanço do índice geral de preços no país”,argumenta.
Varejo e serviços
No comércio varejista, o prognóstico da CNC é de crescimento de 1,8% – menos do que os 2% esperados anteriormente – no ano passado e 1,6% em 2024. A inflação mais baixa em novembro não foi o bastante para garantir o avanço no consumo das famílias. A expectativa para este ano foi impulsionada pela previsão de um custo menor pelo crédito.
Para o setor de serviços, a CNC estima que 2023 tenha fechado com um crescimento de 2,5%. E, para 2024, o crescimento deve ser um pouco menor, de 2,1%. “Os serviços têm se destacado nos últimos anos como o setor mais dinâmico da economia brasileira, especialmente por ser um setor menos dependente das condições de crédito”, lembra o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil