Cesta Básica de Salvador apresenta alta de 0,30% em fevereiro

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A Cesta Básica de Salvador, calculada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), com base em 3.668 cotações de preços realizadas em 97 estabelecimentos comerciais (supermercados, açougues, padarias e feiras livres) da capital baiana, passou a custar R$ 592,16 no mês de fevereiro de 2025. Deste modo, quando comparado com o custo estimado no mês imediatamente anterior, houve uma elevação de 0,30% – aumento de R$ 1,79 em relação a janeiro de 2025, em termos nominais.

Dos 25 produtos da Cesta Básica de Salvador, 8 produtos apresentaram alta nos preços: ovos de galinha (19,71%), café moído (15,39%), tomate (14,51%), banana-prata (8,14%), cebola (3,93%), frango (3,91%), macarrão (3,60%) e a carne de primeira (1,37%).

O aumento do custo da cesta básica de fevereiro só não foi maior devido à queda de preço sofrida por outros 17 itens: cenoura (-17,65%), carne de sertão (-9,12%), óleo de soja (-8,10%), maçã (-7,45%), queijo prato (-6,05%), flocão de milho (-5,76%), queijo muçarela (-5,24%), arroz (-3,29%), linguiça calabresa (-3,29%), feijão (-3,21%), açúcar cristal (-2,98%), batata inglesa (-2,60%), leite (-1,42%), pão francês (-0,68%), farinha de mandioca (-0,48%), carne de segunda (-0,26%) e a manteiga (-0,21%).

“Os problemas climáticos continuam contribuindo para a elevação dos preços de alguns dos gêneros alimentícios que compõem a cesta”, destaca o analista da SEI, Denilson Lima, responsável pelo Boletim da Cesta Básica, que no mês de fevereiro traz uma análise sobre os aumentos dos ovos e do café. O primeiro foi resultado do aumento da demanda, enquanto a oferta está em queda. “A previsão é que os preços dos ovos tenderão a se manter elevados até o período da quaresma, quando a procura por esta proteína tem propensão a aumentar”. 

O café, por sua vez, vem subindo de preço na Cesta Básica de Salvador desde 2024 e o agente que mais tem contribuído para a alta é o clima. O Boletim da Cesta Básica aponta que temperatura, índices pluviométricos, umidade e luminosidade são determinantes para o desenvolvimento do cafeeiro, e em alguns dos grandes polos produtores brasileiros as temperaturas têm ficado acima do ideal, ao passo que os índices pluviométricos estão ficando abaixo do necessário. Apesar da redução na produção, o Brasil se mantém como maior produtor e tem suprido a demanda mundial do café. “Com a demanda aquecida, a valorização do dólar tem impulsionado as vendas para o exterior, resultando em uma redução da disponibilidade do produto no Brasil e elevando os preços internos. A perspectiva no curto prazo é de que não haverá aumento na produção, portanto, os preços devem continuar elevados”, afirma o economista.


Entre os 25 produtos que compõem a Cesta Básica de Salvador, o subconjunto dos ingredientes relativos ao almoço soteropolitano – composto por feijão, arroz, carnes, farinha de mandioca, tomate e cebola – apresentou alta de 0,81% e foi responsável por 34,89% do valor da referida Cesta. Por sua vez, dentro desta Cesta, o subgrupo de gêneros alimentícios próprios da refeição matinal soteropolitana – formado por café, leite, açúcar, pão, manteiga, queijos e flocão de milho – diminuiu 0,52% e foi responsável por 34,42% do valor da Cesta no mês de fevereiro de 2025.

Por fim, o tempo de trabalho despendido por um trabalhador soteropolitano para obter uma cesta básica foi de 92 horas e 46 minutos, o que equivale ao comprometimento de 42,17% do valor líquido de um salário mínimo de R$ 1.404,15, depois de descontado o valor de 7,50% da contribuição para a Previdenciária Social.



Foto: André Frutuôso/Ascom CAR

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