Cesta aumenta em 14 capitais brasileiras

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Cerca de 14 das 17 capitais onde o DIEESE analisa mensalmente a performance dos produtos que compõem o índice da Cesta Básica, via Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, registraram aumento de preços. De janeiro e fevereiro de 2024, o Rio de Janeiro teve 5,18%, em São Paulo (1,89%) e em Salvador (1,86%). As reduções foram em Florianópolis (-2,12%), Goiânia (-0,41%) e Brasília (-0,08%). Rio de Janeiro apresentou o maior custo (R$ 832,80), seguida de São Paulo (R$ 808,38), Porto Alegre (R$ 796,81) e Florianópolis (R$ 783,36). No Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 534,40), Recife (R$ 559,68) e João Pessoa (R$ 564,50).

A comparação dos valores da cesta, entre fevereiro de 2023 e fevereiro de 2024, mostrou que 12 capitais tiveram alta de preço, com variações que oscilaram entre 0,32%, em Belém, e 11,64%, no Rio de Janeiro. As maiores quedas se registraram em Recife (-7,79%) e Natal (-7,48%).
Nos dois primeiros meses do ano, o custo da cesta básica aumentou em 16 cidades, com destaque para as variações registradas no Rio de Janeiro (12,75%), em Belo Horizonte (10,84%), Salvador (7,75%) e Campo Grande (7,24%). A queda aconteceu em Fortaleza (-0,43%)..

Em fevereiro de 2024, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 107 horas e 38 minutos, maior do que o de janeiro, de 106 horas e 30 minutos. Em fevereiro de 2023, a jornada média foi de 114 horas e 38 minutos. Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5%, referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em fevereiro de 2024, 52,90% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos; e, em janeiro, 52,33% da
renda líquida. Em fevereiro de 2023, o percentual ficou em 56,33%.

Salvador
Em fevereiro de 2024, o custo da cesta básica da cidade de Salvador foi o quinto menor entre as 17 cidades, R$ 604,30; e, aumentou 1,86% em relação a janeiro. Em comparação com fevereiro de 2023, a cesta subiu 1,24% e acumulou alta de 7,75% nos dois primeiros meses do ano.
Entre janeiro e fevereiro de 2024, sete dos 12 produtos que compõem a cesta básica, tiveram aumento nos preços médios: banana (8,98%), feijão carioquinha (7,06%), arroz agulhinha (3,01%), café em pó (1,34%), carne bovina de primeira (1,11%), manteiga (0,80%) e pão francês (0,60%). Outros cinco produtos apresentaram diminuição no valor médio: óleo de soja (-2,24%), farinha de mandioca (-1,33%), leite integral (-1,29%), açúcar cristal (-0,22%) e tomate (-0,15%). Em fevereiro de 2024, o trabalhador de Salvador, que ganhava o salário mínimo de R$ 1.412,00, precisou trabalhar 94 horas e 09 minutos para adquirir a cesta básica, tempo maior do que em janeiro, quando precisou de 92 horas e 26 minutos. Em fevereiro de 2023, com o salário mínimo era de R$ 1.302,00, foram necessárias 100 horas e 52 minutos.

Foto Tania Rego/ Agencia Brasil Arquivo

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