A CPI da Braskem está cada dia mais longe de terminar. a última foi a fala do relator, o senador Rogério Carvalho (PT-SE), que pretende solicitar busca e apreensão no Ministério de Minas e Energia (MME) caso a pasta não entregue as informações solicitadas pela CPI de exploração de sal-gema em Maceió em até três dias úteis.
Como o prazo inicial não foi cumprido, segundo informou a CPI, ocorreu prorrogação mas foi vencido e o ministério como não enviou nem deu prazo ou explicação para a demora, o senador justifica a necessidade da apreensão com base na ausência de informações do Ministério.
“Dê um prazo de mais três dias, sob pena de a gente pedir uma busca e apreensão dessa documentação sobre as ações que foram desenvolvidas pelo MME no caso da Braskem”, afirmou o relator, acrescentando que a pasta atua de “forma desrespeitosa” em relação à comissão, e que “é inadmissível que o MME não passe as informações”.
O requerimento citado pelo relator Rogério Carvalho foi aprovado pela CPI no dia 28 de fevereiro. Foram solicitados inúmeros documentos inclusive processos administrativos, de fiscalização e controle, de denúncias e de ações emergenciais que tenham relação com a exploração de sal-gema em Maceió e com a Braskem. Durante as investigações a CPI, após ouvir o ex-secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do MME, Alexandre Vidigal de Oliveira, que permaneceu no cargo de janeiro de 2019 a junho de 2021. revelou que havia duas versões dos técnicos da secretaria sobre o afundamento nos bairros em Maceió: a primeira culpava terremotos e chuvas, e a segunda dando culpabilidade das rachaduras a extração de sal-gema nas minas da Braskem.
Foto Cibele Tenório/Agência Brasil
