BNDES leva prêmio por restauração florestal

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) recebeu o prêmio “Verde” da Associação Latino-Americana de Instituições Financeiras de Desenvolvimento (Alide) pela iniciativa Floresta Viva, que promove a restauração florestal dos biomas brasileiros. A diretora Socioambiental do Banco, Tereza Campello, representou a instituição na premiação, durante a 54ª reunião anual da associação, em Fortaleza (CE), nesta quinta,16. O evento reúne representantes de 60 instituições financeiras de 23 países. A Alide tem membros ativos em mais de vinte países da América Latina e do Caribe e em países extrarregionais, como Alemanha, Canadá, Índia, Espanha, Portugal e Rússia.

“O Floresta Viva é um projeto inovador que proporcionou que recursos próprios do BNDES alavanquem recursos privados para executar uma das mais importantes atividades da atualidade, restaurar nossos biomas. O restauro florestal é fundamental por capturar carbono da atmosfera, preservar a biodiversidade e gerar emprego e renda”, afirmou Campello.

“Seguindo a orientação do presidente Lula, o BNDES assumiu a missão de viabilizar soluções que promovam o desenvolvimento sustentável no país, integrando as agendas econômica, social e ambiental. Uma forma de atuação é justamente o financiamento a investimentos para a proteção e a recuperação de biomas brasileiros, incluindo os mananciais e as bacias hidrográficas. O Floresta Viva se propõe a contribuir com o alcance das metas brasileiras no Acordo de Paris e o prêmio da Alide reconhece e valoriza essa restauração ecológica em diferentes regiões do país”, comentou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

Por meio de matchfunding da doação de recursos do Fundo Sociambiental do BNDES e de parceiros privados, o Floresta Viva forma parcerias para o apoio a projetos de recuperação dos biomas. Com larga experiência em gestão financeira de projetos ambientais, o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO) é parceiro-gestor do Banco na iniciativa, sendo o responsável pelo repasse dos recursos aos selecionados, além de acompanhar as atividades e os resultados.

Foto Tania Rego/ Agência Brasil

Engajamento

Desde o ano passado, já foram lançados quatro editais no valor de quase R$ 125 milhões para 26 projetos, como a restauração de manguezais na costa brasileira, do Cerrado e do Pantanal, nos territórios indígenas no Xingu no Pará e Mato Grosso e em unidades de conservação na Amazônia, em parceria com Petrobras, Eneva, Norte Energia, Energisa e Fundo Vale. Outro edital, para recuperar a Mata Atlântica entre o Sul da Bahia e o Norte do Espírito Santo, um dos locais mais biodiversos do planeta, será divulgado em breve.

Ao todo, R$ 250 milhões em recursos já foram contratados para o Floresta Viva com o envolvimento de 21 instituições parceiras e doações que ultrapassam R$ 500 milhões. São elas (além das já citadas): Grupo Heineken, Philip Morris Brasil, CEDAE, Coopercitrus, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Minerva Foods, Cargill, Nestlé, Fundação Banco do Brasil, Aegea, Governo do Estado de Pernambuco, BRDE, iNovaLand, Suzano, Banco do Nordeste, e KfW.

Arco da Restauração

Pela manhã, em sua fala no painel “Banco para o Desenvolvimento e Proteção da Biodiversidade”, a diretora Socioambiental do BNDES afirmou que o debate sobre emergência climática acabou reduzido à questão do carbono (CO2) equivalente: “Isso criou uma certa névoa em cima do debate estratégico de biodiversidade e seus impactos sobre a emergência climática”.

Nesse contexto, Campello destacou a iniciativa Arco da Restauração na Amazônia, construída pelo Banco em parceria com o Ministério do Meio Ambiente de Mudança do Clima (MMA). Segundo ela, além de fonte alternativa de carbono, o projeto pode ser aliado a políticas públicas, garantindo a restauração da biodiversidade.

“Estamos com a prioridade de restaurar 6 milhões de hectares nesse arco. Esse território é um cinturão em torno da Amazônia brasileira, que foi a frente de avanço da fronteira agrícola, e é por lá que o desmatamento avança. Estamos mapeando todo esse arco, que é conhecido hoje como arco do desmatamento, e queremos que ele se torne o arco da restauração”, declarou.

Com informações e foto Agência BNDES Notícias

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