A Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal) alerta para a tentativa de criar um “tarifaço” para importação de resinas plásticas. A associação que representa a indústria química, Abiquim, está solicitando, sob o argumento de “defesa do setor”, o aumento de tarifas de importação de 77 NMCs. Atualmente, as matérias em questão possuem alíquotas que variam de 9% a 13%. O pedido da indústria química é para um aumento dessas tarifas, que ficariam entre 20% e 35%.
Segundo o gestor de Mercado Internacional da Assintecal, Luiz Ribas Júnior, um possível “tarifaço” geraria um desequilíbrio competitivo para a produção de componentes no Brasil. “Teremos mais um aumento de custo, que será repassado para o produtor de calçados, gerando um efeito negativo de competitividade para toda a cadeia produtiva”, diz. O gestor ressalta, ainda, que muitos dos insumos químicos listados não possuem oferta ou são produzidos por oligopólios no Brasil. “As importações são vitais para qualquer política industrial que busque sofisticar a produção nacional, ampliando a sua inserção internacional. As elevações tarifárias propostas poderiam aumentar significativamente os custos de produção, comprometendo a qualidade e competitividade de nossos produtos”, acrescenta Ribas Júnior.
O mercado de componentes e químicos para couros e calçados faz parte de uma cadeia produtiva que emprega, diretamente, mais de 320 mil pessoas em todo o Brasil. De forma indireta, os empregos chegam a 1 milhão de pessoas no País. A competitividade, advinda da redução de custos produtivos, é fundamental para a manutenção das empresas do setor e, consequentemente, dos empregos gerados por ela.
Foto e Informação Assintecal