As taxas de juros das operações de crédito voltaram a ser elevadas em setembro, segundo apurou a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (ANEFAC). Para pessoa física, por exemplo, a entidade identificou que a taxa de juros média geral para pessoa física apresentou uma elevação de 0,03 ponto percentual no mês (0,76 ponto percentual no ano) correspondente a uma elevação de 0,43% no mês (0,61% em doze meses) passando a mesma de 7% ao mês (125,22% ao ano) em agosto/2025 para 7,03% ao mês (125,98% ao ano) em setembro deste ano, sendo esta a maior taxa de juros desde julho passado. Para pessoa jurídica, a taxa de juros média geral apresentou uma elevação de 0,02 ponto percentual no mês (0,37 ponto percentual no ano) correspondente a uma elevação de 0,50% no mês (0,62% em doze meses) passando a mesma de 3,98% ao mês (59,73% ao ano) em agosto de 2025 para 4,00% ao mês (60,10% ao ano) em setembro de 2025, sendo esta a maior taxa de juros desde agosto de 2023.
A ANEFAC analisou que, no período janeiro de 2021 a setembro de 2025, houve elevação da Selic de 13 pontos percentuais (elevação de 650,00%) de 2,00% ao ano em janeiro de 2021 para 15% ao ano em setembro de 2025. “Neste período a taxa de juros média para pessoa física apresentou uma elevação de 33,39 pontos percentuais (elevação de 36,06%) de 92,59% ao ano em janeiro/2021 para 125,98% ao ano em setembro/2025. Nas operações de crédito para pessoa jurídica houve uma elevação de 18,90 pontos percentuais (elevação de 45,87%) de 41,20% ao ano em janeiro/2021 para 60,10% ao ano em setembro/2025”, avalia.
Em relação aos próximos meses, a ANEFAC considera que, tendo em vista o fato do Banco Central ter paralisado as elevações da Taxa Básica de Juros (Selic) e sinalizado que a mesma vai ser mantida nos próximos meses, “isto deve contribuir para que as taxas de juros fiquem estáveis nos próximos meses”.
Foto Marcello Casal Junior/Agência Brasil
