Um dia após a posse do ultraliberal Javier Milei como presidente da argentina, Maurício Macri – que já governou o país vizinho – defendeu no Brasil a adoção da moeda única entre os dois países como solução para a crise monetária. Macri participou, nesta segunda-feira (11), em um evento da XP Investimentos, em São Paulo. A proposta abrange apenas as transações comerciais entre os países, mantendo peso e real em circulação.
De acordo com o ex-presidente, a adoção de uma moeda referência para transações entre os dois países líderes do Mercosul traria vantagens imediatas mais a Argentina, porém também seria benéfica ao Brasil. A moeda única já havia sido cogitada em janeiro, mas foi rechaçada por analistas brasileiros e também não teve sustentação por parte do governo Lula.
Ao assumir o poder no domingo (10), Milei anunciou como primeira diretriz o mais forte corte de gastos possível, reduzindo os ministérios de 18 para nove pastas. “No hay plata” (não há dinheiro), resumiu, durante seu discurso de posse.
As propostas de acabar com o Banco Central e dolarizar a economia, contudo, ainda não tiveram efetividade alguma. Javier Milei revelou apenas vetar a emissão de dinheiro para financiar os gastos públicos – que seria um dos principais fatores da inflação de 140% ao ano, aproximadamente.
Macri apoiou o ultraliberal apenas no segundo turno das eleições e indicou auxilires no primeiro escalão do governo récem-iniciado. Como outsider, o novo presidente da Argentina não tem uma estrutura partidária forte para tocar a máquina argentina. Milei conta com o ex-presidente como um suporte nessa missão. Com informações do UOL
Foto: Instagram/Maurício Macri
