Em junho de 2023, a cesta básica de Salvador apresentou alta de 0,26% em relação a maio. Foi a que apresentou o segundo menor valor entre as capitais pesquisadas pelo Dieese e atingiu o valor de R$ 595,84. Em comparação com junho de 2022, a cesta acumulou elevação de 2,59% e, nos primeiros seis meses do ano, o aumento foi de 4,41%.
Entre maio e junho de 2023, oito bens apresentaram diminuição no preço médio:
óleo de soja (-6,46%), feijão carioquinha (-5,72%) banana (-4,41%), farinha de mandioca
(-3,40%), carne bovina de primeira (-2,83%), arroz agulhinha (-1,52%), pão francês (-1,24%) e café em pó (-0,71). Outros quatro produtos tiveram aumento nos preços
médios: açúcar cristal (1,42%), manteiga (1,66%), leite integral (2,06%) e tomate (15,03%).
No acumulado dos últimos 12 meses, foram registradas elevações em oito dos 12 produtos da cesta: farinha de mandioca (30,92%), manteiga (18,72%), leite integral (16,61%), arroz agulhinha (16,13%), tomate (6,77%) pão francês (4,50%), banana (4,47%) e feijão carioquinha (1,53%).
As quedas acumuladas foram registradas no preço do óleo de soja (-30,62%), carne bovina de primeira (-8,41%), café em pó (-6,94%) e açúcar cristal (-2,73%).
Em junho de 2023, o trabalhador de Salvador, remunerado pelo salário mínimo de R$ 1.320,00, precisou trabalhar 99 horas e 19 minutos para adquirir a cesta básica. Em maio, necessitou de 99 horas e 03 minutos. Em junho de 2022, quando o salário mínimo era de R$ 1.212,00, foram necessárias 105 horas e 26 minutos.
Considerando o salário mínimo líquido, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, o mesmo trabalhador precisou comprometer, em junho de 2023, 48,80% para
adquirir os produtos da cesta básica, que é suficiente para alimentar um adulto durante um mês. Em maio, o percentual gasto foi de 48,67%. Já em junho de 2022, o trabalhador
comprometia 51,81% da renda líquida.
Fonte Dieese Foto Valter Campanato/Agência Brasil