A taxa de desocupação chegou a 7,4% no Brasil no último trimestre de 2023. Com isso, a queda ficou em 0,3 p.p. Com o resultado, a taxa média anual do índice foi de 7,8% em 2023, representa uma retração de 1,8 p.p. comparando a 2022, quando marcou 9,6%. Os dados são do IBGE, apurados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), assim o resultado anual se confirma como o menor desde 2014, confirmando a tendência de recuperação do mercado de trabalho após o impacto da pandemia da COVID-19.
Com esses números o IBGE aponta que a econinia já está proxima do patamar do início da série histórica, em 2012, quando a taxa média foi de 7,4%. A menor taxa da série foi em 2014, com 7,0%.
A tendência é confirmada quando avaliada pela queda na população desocupada média de 2022 para 2023: redução de 17,6%, chegando a 8,5 milhões de pessoas. Por outro lado, população ocupada média voltou a bater o recorde da série e chegou a 100,7 milhões de pessoas em 2023, resultado 3,8% acima de 2022.
Frente à média de 2012 (89,7 milhões de pessoas), representa um aumento de 12,3%. O nível médio da ocupação (percentual ocupados na população em idade de trabalhar) também cresceu e chegou a 57,6% em 2023, 1,6 p.p. a mais que em 2022 (56,0%).
Carteira assinada
A Pnad Contínua analisa o crescimento da estimativa anual de empregados com carteira de trabalho assinada de 5,8% no ano o que significa 37,7 milhões de pessoas, o mais alto da série. Também a contingente anual de empregados sem carteira assinada no setor privado mostrou aumento, de 5,9%, chegando a 13,4 milhões de pessoas, também o pico da série.
O número de trabalhadores domésticos cresceu 6,2%, chegando a 6,1 milhões de pessoas. O rendimento medio tambem aumentou: o valor anual do rendimento real habitual foi estimado em R$ 2.979, um aumento de 7,2% (ou R$199) na comparação com 2022.
Foto: ênio Simões/Agência Brasília