A Black Friday, principal data do varejo digital brasileiro, volta a elevar a pressão sobre a infraestrutura das empresas. Segundo estimativa da Associação Brasileira de Inteligência Artificial e E-commerce, o evento deve movimentar R$ 13,34 bilhões em 2025, um crescimento de 14,7% em relação ao ano anterior.
Com milhões de consumidores online e picos de acesso acontecendo em intervalos de segundos, a performance dos bancos de dados, base de toda operação digital, torna-se um fator crítico. Em muitas empresas, porém, o ambiente ainda opera com monitoramento reativo, dependente de intervenções manuais e planos emergenciais pouco testados.
Tráfego cresce, tolerância diminui
Durante a Black Friday, o volume de transações simultâneas pode aumentar dezenas de vezes. Nessas situações, cada milissegundo de resposta interfere na conversão de vendas, e qualquer lentidão ou indisponibilidade pode resultar em prejuízos expressivos, tanto em receita, quanto em reputação.
O desafio não está apenas em escalar infraestrutura, mas em garantir que os bancos de dados estejam saudáveis, resilientes e prontos para absorver oscilações bruscas de carga.
“A Black Friday não é mais um pico isolado: ela se tornou um ambiente de estresse máximo para operações digitais. Quem trabalha apenas reagindo a incidentes chega tarde demais”, destaca Rafael Mirandola, Head de Banco de Dados da Globalsys, empresa especializada em sustentação de ambientes críticos e gestão de banco de dados.
Prevenção é a nova urgência
Nos últimos anos, cresce a adoção de modelos de sustentação com DBAs dedicados, automações inteligentes e monitoramento preditivo. Essa abordagem permite antecipar falhas, otimizar consultas, ajustar capacidade e corrigir gargalos antes que o usuário final perceba qualquer impacto.
Diante da competitividade da data, empresas já começam a se perguntar: Suas equipes estão preparadas para responder em tempo real a variações de carga? Os bancos de dados possuem alertas inteligentes e rotinas automatizadas configuradas? A área de tecnologia age de forma preventiva ou reage apenas quando o problema já começou?
Segundo Mirandola, a diferença entre recordes de vendas e minutos de indisponibilidade está no nível de maturidade operacional. “A Black Friday não perdoa improvisos. Ela escancara quem se preparou e quem ainda opera na base da sorte.”
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