Em agosto, o volume de serviços na Bahia, na comparação com julho, registrou queda de 2,5%, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada com análise da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).
O setor manteve a tendência de queda identificada em julho (-0,1%). O estado não acompanhou o mesmo comportamento da média nacional, que apontou estabilidade (0,1%). Esse resultado foi impactado pelos juros altos, crédito caro e estabilidade na renda das famílias, que provoca desaceleração no consumo dos serviços que compõe o setor.
Na comparação com agosto de 2024, o setor apresentou retração de 6,8%. Esse resultado foi inferior à média nacional, que expandiu 2,5%. Quatro das cinco atividades puxaram o volume de serviços baiano para baixo, com destaque para as atividades de Serviços profissionais, administrativos e complementares (-11,1%), que contabilizou a variação negativa mais expressiva, seguida pela atividade de Serviços de informação e comunicação (-8,4%), depois Serviços prestados às famílias (-5,7%) e Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-5,7%). Por outro lado, apenas a atividade de Outros serviços (12,4%) expandiu.
Na comparação com o acumulado de janeiro a agosto de 2024, o setor caiu 1,1%. Esse resultado foi inferior à média nacional (2,6%). Três das cinco atividades puxaram o volume de serviços baiano para baixo, com destaque para as atividades de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-3,4%), seguida pelas atividades de Serviços de informação e comunicação (-1,2%) e Serviços prestados às famílias (-0,6%). Por outro lado, as contribuições positivas vieram de Outros serviços (10,2%) e de Serviços profissionais, administrativos e complementares (1,4%).
Na comparação com o acumulado dos últimos doze meses, o setor retraiu 0,4%. Esse resultado também foi inferior à média nacional (3,1%). Três das cinco atividades puxaram o volume de serviços baiano para baixo: Serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,7%), Serviços de informação e comunicação (-1,3%) e Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,7%). Em sentido oposto, Outros serviços (8,5%) e Serviços prestados às famílias (1,8%) avançaram.
Atividades turísticas expandiram 1,7% em agosto
Em agosto de 2025, o índice de atividades turísticas no Brasil apontou ampliação de 0,8% frente a julho, e inverteu a retração contabilizada no mês anterior (-0,8%). Em termos regionais, em 11 dos 17 locais pesquisados houve expansão. Nessa comparação, a Bahia acompanhou o mesmo comportamento da média nacional e cresceu 1,7%, invertendo a retração contabilizada no mês de julho (-2,2%). O estado apontou a sexta posição entre os locais investigados, e superior à média nacional.
Quando comparado ao mês de agosto do ano anterior, o Brasil apresentou expansão de 4,6% em suas atividades turísticas, e 13 dos 17 locais pesquisados mostraram ampliação nos serviços voltados ao turismo. A Bahia seguiu o comportamento da média nacional e expandiu 4,5%, mantendo a tendência contabilizada em julho (3,4%). O estado apontou a nona posição entre os locais investigados.
Na comparação do acumulado do ano (janeiro a agosto) com o mesmo período de 2024, o Brasil apresentou expansão de 6,0%. Em termos regionais, 14 dos 17 locais pesquisados mostraram avanço nos serviços voltados ao turismo. A Bahia cresceu 7,9%. O estado apontou a quinta posição entre os locais investigados, e foi superior à média nacional.
No acumulado dos últimos 12 meses, frente a igual período de 2024, o Brasil cresceu 6,5%. Em termos regionais, 14 dos 17 locais investigados também registraram taxas positivas. Nessa comparação, a Bahia cresceu 8,1% e manteve a expansão (8,6%) contabilizado em julho. O estado apontou a quarta posição entre os locais investigados, com resultado superior à média nacional.
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