Uso da computação em nuvem deve crescer 10% nos próximos dois anos

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A computação em nuvem já deixou de ser uma tendência e se consolida, cada dia mais, como uma realidade. Uma pesquisa, divulgada pelo Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas (FGVcia), confirma essa transformação digital.

Segundo o levantamento, 42% do processamento nas empresas brasileiras já é feito em nuvem. Além de ser inédito em 34 anos, esse percentual também vem acompanhado de uma expectativa de crescimento. Estima-se que, apenas nos próximos dois anos, a utilização desse modelo aumente mais 10%.

Também chamada de cloud computing, a computação em nuvem fornece serviços que permitem o acesso sob demanda a recursos compartilhados, como servidores, banco de dados, armazenamento e softwares.

A segurança está entre as principais justificativas das empresas para a escolha do uso da nuvem. “Há hackers que invadem os servidores das empresas, fazem uma criptografia das informações e pedem um resgate. Após o pagamento, eles dão uma contra-senha que devolve os arquivos. Mas, o processo de descriptografia nunca é 100% e, geralmente, os executáveis ficam danificados”, explica Davis Pereira, gerente comercial da IN4, empresa especializada em sistemas de gestão para indústrias.

Pereira afirma que os dados no sistema são o que há de mais importante nos ambientes corporativos, daí a necessidade de garantir a segurança dessas informações. Provedores de nuvem oferecem, ainda, recursos de backup e recuperação para aqueles que escolhem virtualizar esse acesso.

“Sistemas de gestão podem, por exemplo, ser implementados criando um ambiente nuvem, sem a necessidade de instalação na infraestrutura das empresas. Entre os nossos novos clientes, 80% já optam por essa solução, que, além de segurança, traz mais comodidade e tem suporte facilitado”, completa o gerente.

 

Foto ribkhan/Pixabay

Redução de custos

A economia com a instalação de recursos físicos é outra vantagem que explica a popularização dessa tecnologia. “Quando precisam de uma atualização do servidor próprio, muitas empresas se veem diante da decisão de ir para a nuvem. Se isso é feito, elas ficam livres da necessidade de fazer investimentos em máquinas e na infraestrutura para que esses equipamentos possam funcionar adequadamente”, detalha.

O gerente destaca que essa redução de estrutura física também permite que os profissionais de TI possam ter outras atribuições e não fiquem exclusivamente restritos às questões que envolvem os servidores.

Se uma empresa opta pela virtualização do acesso a sistemas e dados, ela deve analisar os provedores e modelos de contratação disponíveis. Pereira frisa que o uso da nuvem é uma solução democrática. “É um modelo para todos os tipos e necessidades de empresas, que se ajusta à realidade de cada uma”, diz.

Estabilidade na conexão

Para garantir o acesso à nuvem, é ideal que as empresas contratem um serviço de internet, que, além de velocidade, também garanta a estabilidade do sinal. “Esse já foi um ponto de grande preocupação. Hoje, não é mais pelo fato de os fornecedores de internet terem um certo padrão de entrega”, conta Pereira.

Mesmo assim, o gerente aponta que as empresas sempre devem contar com mais de um serviço que garanta a conexão. “É preciso ter internet, um plano B de internet e, dependendo do caso, um plano C”, completa.

“Na utilização da nuvem em um sistema de gestão, por exemplo, não é bom ter uma internet com muitas interrupções. Isso causa problemas de performance, de usabilidade mesmo”, finaliza o gerente da IN4.

 

Foto geralt/Pixabay

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