Um terço das empresas brasileiras perdeu mais de US$ 1 milhão com ataques cibernéticos: o que isso significa?

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Erik de Lopes Morais, COO da Penso Tecnologia, empresa especializada em soluções de TI

A pesquisa da PwC, revelou que um terço das empresas no Brasil sofreu perdas superiores a US$ 1 milhão devido a ataques hackers nos últimos três anos. Globalmente, o prejuízo médio foi de US$ 3,32 milhões no mesmo período. O dado reforça a crescente ameaça digital e a necessidade de reforçar a segurança cibernética.

Apesar dos altos prejuízos relatados, a pesquisa aponta que apenas 2% das empresas implementaram medidas efetivas de proteção contra ataques. No entanto, um dos principais desafios está na forma como a segurança cibernética é tratada dentro das organizações: muitas vezes, ela não é considerada um pilar estratégico nas decisões empresariais. A segurança ainda é vista como um custo ou uma preocupação secundária, quando, na realidade, deveria ser um elemento tático essencial para a continuidade e resiliência dos negócios.

No Brasil, 85% das empresas aumentaram investimentos em segurança cibernética. No entanto, sem uma estratégia bem definida e práticas maduras de governança de riscos, esses investimentos podem não gerar a proteção esperada. Muitas organizações ainda sofrem com falta de visibilidade sobre seus ativos digitais e falhas na implementação de medidas preventivas e corretivas, como backup imutável, DRaaS (Disaster Recovery as a Service) e monitoramento contínuo de ameaças.

Diante desse cenário, é essencial que as organizações adotem medidas concretas para reduzir sua exposição a ataques cibernéticos. Algumas estratégias recomendadas incluem:

  • Revisão contínua das políticas de segurança**: A proteção digital não pode ser estática. Adoção de frameworks como o NIST Cybersecurity Framework e o MITRE ATT&CK pode guiar melhores práticas.
  • Monitoramento ativo de ameaças**: Investir em soluções de SIEM (Security Information and Event Management) e SOC (Security Operations Center) para identificar ataques em tempo real.
  • Backup imutável e DRaaS**: Garantir que os dados estejam protegidos contra ransomware e possam ser rapidamente restaurados em caso de ataque.
  • Treinamento e conscientização**: A grande maioria dos ataques ainda explora falhas humanas. Treinar colaboradores sobre phishing e engenharia social é uma estratégia fundamental.

Os números revelados pela pesquisa da PwC evidenciam que o Brasil ainda enfrenta desafios significativos na cibersegurança. Com perdas milionárias e baixa adoção de medidas preventivas, o mercado precisa priorizar estratégias robustas para mitigar os riscos e garantir a continuidade dos negócios.

Foto: Divulgação

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