Mulheres são a maioria dos Trabalhadores domésticos na Bahia, diz SEI

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A Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), no contexto do Dia Internacional do Trabalho Doméstico, 22 de julho, apresentou uma leitura do panorama recente do mercado para o trabalhador doméstico baiano. O contexto foi avaliado tendo por base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na Bahia, no primeiro trimestre de 2024, último dado disponível, havia 333 mil trabalhadores domésticos (aqueles que trabalhavam prestando serviço doméstico remunerado em dinheiro ou benefícios, em uma ou mais unidades domiciliares).

O número representa uma queda de 9,8% (-36 mil pessoas) em relação ao  do mesmo período de 2023 e de 9,0% (-33 mil) comparativamente ao total do trimestre imediatamente anterior.

O número estimado de trabalhadores domésticos na Bahia no primeiro trimestre de 2024 (333 mil) representou um dos menores quantitativos da série histórica e acima somente dos dados contados no período da pandemia de Covid-19.

A mão-de-obra doméstica na Bahia é predominantemente feminina. No primeiro trimestre de 2024, por exemplo, 93,5% eram mulheres e 6,5% eram homens.

A SEI mostrou que, em relação a raça/cor da pele, os pretos e pardos eram a maioria dos trabalhadores domésticos baianos. No primeiro trimestre de 2024, na Bahia, 53,1% eram autodeclarados pardos, 34,1% se diziam pretos e 10,5% se consideravam brancos – portanto, 87,2% dos domésticos baianos se reconheciam da raça negra (preto ou pardo) no intervalo.

Sobre a faixa etária, a maioria dos trabalhadores domésticos da Bahia, 54,4% deles, tinha de 30 a 49 anos de idade no primeiro trimestre de 2024. Os demais grupamentos etários apresentaram os seguintes percentuais: de 14 a 29 anos, 17,2%; de 50 a 59 anos, 22,3%; e de 60 anos ou mais, 6,1%.

Na parte da escolaridade, a maioria dos trabalhadores domésticos não finalizou o ensino fundamental.

Sobre os ganhos, a maior parte recebia até um salário mínimo, 91,1%. Enquanto isso, 7,3% deles recebiam de um a dois salários mínimos. Outro dado interessante é que no primeiro trimestre de 2024, a Bahia concentrava 5,6% e 24,4% do conjunto de trabalhadores domésticos no Brasil (5,896 milhões de pessoas) e no Nordeste (1,362 milhão), respectivamente.

Foto Carol Melo/Fenatrad/Agência Brasil

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