O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, celebrou a retomada da indústria hidrelétrica no Brasil, nesta sexta-feira (22), com a realização do leilão de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) e Usinas Hidrelétricas (até 50 megawatts – MW). O Leilão de Energia Nova A-5, que seguiu as diretrizes do Ministério de Minas e Energia (MME) e foi operacionalizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e pela Câmara de Comercialização de Energia (CCEE), contratou 815,6 MW de 65 novas usinas, com investimento estimado de R$ 8 bilhões.
“As Pequenas Centrais Hidrelétricas causam menor impacto ambiental e complementam as fontes intermitentes como a solar e a eólica. Além disso, as PCH’s estão espalhadas no território nacional, reduzindo a necessidade de investimentos em grandes corredores de transmissão”, destacou o ministro.
O preço médio alcançado no leilão foi de R$ 392,84 por megawatts-hora (MWh) e deságio de 3,16%. As novas hidrelétricas serão construídas em 13 estados e tem previsão de operação em 2030, com contratos de 20 anos.
Silveira ressaltou a importância do leilão, que reaquece a indústria e a siderurgia nacional. Cada 1 GW contratado equivale a uma nova demanda de 120 toneladas de aço, por exemplo.
“A retomada das hidrelétricas impulsiona a indústria brasileira. Dominamos todas as etapas da cadeia de produção, desde a engenharia até a operação. É demanda de aço para empresas como Gerdau, Usiminas e Arcelor Mittal. Também serão 2,5 milhões de metros cúbicos de concreto. Falamos de Votorantim Cimentos e Intercement, por exemplo. É alternativa para nossa indústria siderúrgica, que atravessa um delicado momento em virtude das nefastas tarifas impostas pelos norte-americanos. Me refiro à CSN, Açominas, Usiminas, Gerdau e Arcelor Mittal”, afirmou o ministro.
Por fim, o ministro ainda destacou que municípios que receberam hidrelétricas viram crescimento significativo do seu IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), com impacto direto na renda e na qualidade de vida das famílias.
“Além disso, os reservatórios das usinas hidrelétricas oferecem múltiplos usos para além da geração de energia. Abastecem os municípios de água para irrigação na agricultura familiar no agronegócio e favorecem a criação de peixes. E, em alguns casos, ajudam a impulsionar a indústria do turismo, com emprego e oportunidades para nossa gente. Elas desenvolvem o interior do Brasil”, concluiu Silveira.
Leilão
O certame foi conduzido em conformidade com as diretrizes da Portaria nº 95/GM/MME, de 19 de dezembro de 2025, reafirmando os princípios que orientam a atuação do Ministério: respeito aos contratos, segurança jurídica e previsibilidade regulatória.
A estratégia de contratação adotada reforça o compromisso do MME em viabilizar investimentos sustentáveis, assegurar a expansão equilibrada da matriz elétrica brasileira e contribuir para a transição energética, por meio da valorização de fontes renováveis.
O leilão também destacou o papel estratégico das hidrelétricas de pequeno porte na matriz nacional, ao promover a diversificação regional da geração, estimular o desenvolvimento local e fortalecer a modicidade tarifária e a segurança do suprimento de energia elétrica para a sociedade.
Foto: Foto Tauan Alencar/MME