Serviços cresce pelo 2º mês e com recorde

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O volume de serviços prestados no país seguiu em trajetória de crescimento em julho, apresentando expansão de 1,2% na comparação com junho. Este é o segundo resultado positivo seguido, período em que acumulou um ganho de 2,9% (junho-julho). Dessa forma, o setor renovou seu patamar recorde, suplantando o nível do mês anterior. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada hoje (11) pelo IBGE.

Na comparação contra julho de 2023, o setor teve expansão de 4,3% no mês. No acumulado do ano, o volume de serviços cresceu 1,8% frente a igual período de 2023. Já no indicador dos últimos 12 meses, houve ganho de dinamismo, passando de 0,8% em junho para 0,9% em julho.

“Para o entendimento do resultado, é importante notar a ligeira disseminação das altas, registradas em três dos cinco setores avaliados na pesquisa, mas com destaque para as atividades de profissionais, administrativos e complementares e de informação e comunicação, que emplacaram, em ambos os casos, o segundo resultado positivo em sequência”, analisa Rodrigo Lobo, gerente da PMS.

A alta de profissionais, administrativos e complementares foi de 4,2%, com um crescimento de 6,5% no período junho-julho. Dentro do setor, os destaques foram as atividades de: agenciamento de espaços de publicidade; e a intermediação de negócios em geral.

Já o setor de informação e comunicação teve expansão de 2,2% na passagem de junho para julho, com ganho acumulado de 3,8% nos últimos dois meses. Em julho, houve aumento de receita nas atividades de portais, provedores de conteúdo e ferramentas de busca na internet, além das de telecomunicações e de exibição cinematográfica. “Como é um mês de recesso escolar, é comum que muitas famílias tirem férias e as salas de cinema acabam tendo um bom desempenho nesse período”, registra Lobo.

O terceiro setor com crescimento em julho foi o de outros serviços, que variou 0,2%, recuperando uma pequena parcela da perda acumulada no mês anterior, quando apresentou queda de 0,8%.

Entre os setores que tiveram recuo de volume de serviços no país em julho, o principal impacto negativo foi o do setor de transportes, com queda de 1,5%, influenciado, principalmente, pelos recuos observados em transporte dutoviário e no rodoviário de cargas. Com menor influência no resultado global, os serviços prestados às famílias mostraram uma ligeira variação negativa (-0,2%).

Na comparação entre julho de 2024 e julho de 2023, a expansão de 4,3% do setor de serviços foi o segundo resultado positivo seguido, acompanhada por quatro das cinco atividades e 60,8% dos 166 tipos de serviços investigados pela PMS. Entre os setores, os de informação e comunicação (9,8%) e os profissionais, administrativos e complementares (9,1%) tiveram os principais impactos.

Já no índice acumulado de janeiro a julho de 2024, comparado com igual período de 2023, o crescimento de 1,8% do setor de serviços nacional contou com o avanço de quatro das cinco atividades e 59,6% dos 166 tipos de serviços. A contribuição mais relevante foi a de informação e comunicação (5,9%).

Estados têm aumento nos serviços

Na análise regional da PMS, na passagem de junho para julho, 14 das 27 unidades da federação (UFs) tiveram aumento na receita real de serviços, acompanhando o crescimento observado no resultado nacional. Entre os locais com taxas positivas, o impacto mais importante veio de São Paulo (2,4%), seguido por Distrito Federal (14,8%), Rio de Janeiro (0,6%), Minas Gerais (0,9%) e Rio Grande do Sul (1,5%). Na outra ponta, Espírito Santo (-2,3%), Mato Grosso (-1,7%) e Paraná (-0,2%) foram as principais influências negativas do mês.

Na comparação com julho de 2023, o mês de julho registrou crescimento em 19 UFs, com a contribuição positiva mais importante ficando com São Paulo (7,4%), seguido por Rio de Janeiro (4,7%), Distrito Federal (14,5%), Minas Gerais (3,8%) e Santa Catarina (8,4%). Por outro lado, o Rio Grande do Sul (-13,9%) liderou nesse tipo de comparação, seguido por Mato Grosso (-18,5%) e Goiás (-6,3%).

Para o indicador o acumulado de janeiro a julho de 2024, frente ao mesmo período de 2023, 21 UFs também mostraram expansão no volume de serviços, com a principal influência vindo de São Paulo (1,7%), seguido por Rio de Janeiro (3,9%), Minas Gerais (3,3%), Paraná (4,1%) e Santa Catarina (5,7%). Entre as quedas neste indicador, destaque para Rio Grande do Sul (-6,2%) e Mato Grosso (-8,5%).

Foto Anna Nekrashevich/Pexels

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