Um dos eixos em que o novo Presidente da República, Santiago Peña, se concentrou durante a sua posse está relacionado ao diálogo como prioridade em caso de conflitos entre as nações. Nesse contexto, ele se pronunciou contra as iniciativas ambientais internacionais.
O Presidente Santiago Peña referiu-se na primeira parte do seu discurso aos compromissos relacionados com a geografia e recursos naturais do país. A esse respeito, disse que o Paraguai é chamado a ser protagonista nos desafios global.
“A mudança climática é real, é um grande desafio planetário e devemos tomar medidas rigorosas para evitar maiores danos para o planeta”, disse ele. No entanto, ele imediatamente expressou a preocupação que seu governo tem a esse respeito devido a “algumas iniciativas” às quais qualificou de “indubitavelmente” “bem-intencionadas” porque poderiam “travar” o desenvolvimento do país.
“Apesar de nosso país não ter contribuído significativamente para a geração de gases de efeito estufa, vemos com preocupação de que algumas iniciativas, sem dúvida bem intencionadas, possam atrapalhar nosso desenvolvimento humano”,
Indiano.
O Parlamento Europeu aprovou uma lei para impedir a importação para a União Europeia (UE) de certas matérias-primas e produtos derivados, como óleo de palma, carne bovina, soja, café, borracha, madeira ou chocolate, para evitar que provocam a desflorestação em países terceiros, porque contribuem para as alterações climáticas.
Trata-se de uma regulamentação que pode afetar o desenvolvimento do acordo comercial entre a UE e o Mercosul, formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, assinado em 2019, que ainda não foi ratificado.
“O Paraguai faz parte da solução, por isso vamos priorizar um modelo de desenvolvimento justo, sustentável e sustentável em todos os aspectos, priorizando nosso meio ambiente, que é nossa casa e que, com nossa gente, é nosso capital mais valioso”, destacou o novo Chefe do Executivo.
Posteriormente, afirmou que seguirá com a linha de seu antecessor, Mario Abdo Benítez, no sentido de converter o Paraguai no centro logístico do Corredor Rodoviário Bioceânico Sul-Americano e buscar o consenso entre os países para a gestão da navegação fluvial na hidrovia Paraguai-Paraná.
Nesse mesmo eixo, ele também mencionou as redes de narcotráfico e o tráfico de pessoas como desafios “que não podemos ignoram” como nação e que “exigem uma abordagem regional”. Ele disse que uma melhoria a introduzir é a agilidade dos controles alfandegários.
Da mesma forma, apelou a uma solução pacífica e construtiva como país integrado ao mundo, pelo que afirmou que o Paraguai “não pode estar ausente na luta pela paz”, inclusive no conflito entre Rússia e Ucrânia, que comparou ao país, durante a Guerra contra a Tríplice Aliança. “Acreditamos no diálogo e não na vigência como mecanismo para resolver qualquer disputa”, enfatizou.
Com informações Última Hora
Foto Ricardo Stuckert/PR