Em maio de 2023, Salvador registrou o quarto menor custo da cesta básica entre as 17 cidades (R$ 594,32), mesmo com alta de 1,42% em relação a abril. Em comparação com maio de 2022, a cesta aumentou 2,67% e, nos primeiros cinco meses do ano, variou
4,14%.
Entre abril e maio de 2023, nove produtos tiveram aumento nos preços médios: tomate (4,51%), arroz agulhinha (3,74%), leite integral (3,65%), açúcar cristal (3,43%),
farinha de mandioca (3,26%), manteiga (2,67%), pão francês (2,14%), feijão carioquinha
(1,61%) e banana (1,60%). Outros três produtos apresentaram diminuição no preço médio: óleo de soja (-6,17%), café em pó (-1,79%) e carne bovina de primeira (-1,51%).
No acumulado dos últimos 12 meses, foram registradas elevações em sete dos 12 produtos da cesta: farinha de mandioca (36,88%), leite integral (19,68%), feijão carioquinha (19,67%), manteiga (19,21%), arroz agulhinha (14,27%), banana (11,99%) e pão francês (9,38%). As quedas acumuladas foram registradas no preço do óleo de soja (-27,15%), tomate (-11,46%), carne bovina de primeira (-7,52%), café em pó (-4,09%) e açúcar cristal (-3,21%).
Em maio de 2023, o trabalhador de Salvador, remunerado pelo salário mínimo de R$ 1.320,00, precisou trabalhar 99 horas e 03 minutos para adquirir a cesta básica. Em abril, quando o piso era ainda de R$ 1.302,00, necessitou de 99 horas e 01 minuto. Em maio de 2022, quando o salário mínimo era de R$ 1.212,00, foram demandadas 105 horas e 05 minutos.
Considerando o salário mínimo líquido, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, o mesmo trabalhador precisou comprometer, em maio de 2023, 48,67% da
remuneração de R$ 1.320,00 para adquirir a cesta básica, que é suficiente para alimentar um adulto durante um mês. Em abril, o percentual gasto foi de 48,66%. Já em maio de 2022, o trabalhador comprometia 51,64% da renda líquida.
Dieese Foto Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil