Em agosto de 2024, o custo da cesta básica na cidade de Salvador foi o quinto menor entre as 17 cidades, chegando a R$ 560,72, o que significou redução de -3,28% em relação a julho. Na comparação com agosto de 2023, o valor registrou redução de -2,62%. Nos oito primeiros meses do ano, houve estabilidade com uma leve diminuição de -0,02%.
Entre julho e agosto de 2024, cinco dos 12 produtos que compõem a cesta básica tiveram redução nos preços médios: tomate (-37,83%), feijão carioquinha (-3,40%), açúcar cristal (-2,47%), carne bovina de primeira (-2,40%) e farinha de mandioca (-0,54%). Outros sete produtos apresentaram elevação de preços: banana (16,27%), café em pó (4,46%), óleo de soja (2,72%), pão francês (2,51%), leite integral (2,36%), arroz agulhinha (1,33%) e manteiga (1,23%).
No acumulado dos últimos 12 meses, foram observadas reduções de preço em cinco dos 12 produtos da cesta: tomate (-47,83%), feijão carioquinha (-13,36%), farinha de mandioca (-11,44%), carne bovina de primeira (-2,28%) e manteiga (-0,96%). Foram registradas altas no preço de sete produtos: banana (58,03%), arroz agulhinha (31,92%), café em pó (28,06%), óleo de soja (4,94%), pão francês (2,99%), leite integral (2,21%) e
açúcar cristal (1,64%).
Em agosto de 2024, o trabalhador de Salvador, remunerado pelo salário mínimo de R$ 1.412,00, precisou trabalhar 87 horas e 22 minutos para adquirir a cesta básica, tempo menor do que em julho, quando necessitou de 90 horas e 20 minutos. Em agosto de 2023, quando o salário mínimo era R$ 1.320,00, foram necessárias 95 horas e 58 minutos para a aquisição da cesta.
Considerando o salário mínimo líquido, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, o mesmo trabalhador comprometeu, em agosto de 2024, 42,93% da remuneração para adquirir os produtos da cesta básica, suficiente para alimentar um adulto durante um mês. Em julho, o percentual gasto foi de 44,39%. Já em agosto de 2023, o trabalhador comprometia 47,16% da renda líquida.
Informações Dieese
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil