Renda variável: balanço Ibovespa aponta melhores papéis

A renda fixa é o tipo de aplicação mais procurada pelos investidores que não gostam de correr riscos. Por meio dela o investidor sabe quando vai receber no final do prazo do investimento. A economista Vanessa Fiorezzi Lui, especialista em renda variável da WIT Invest, que fez um balanço do primeiro semestre de 2023 da Bolsa de Valores.

Segundo a especialista, houve boa performance dos ativos brasileiros no 1º semestre de 2023 e o desempenho acumulado (YTD) do Ibovespa foi de aproximadamente 17,64% (até 27/06). Ela destaca os setores imobiliário, financeiro e elétrico, com retornos acumulados de aproximadamente 38,50%, 19% e 15,30%, respectivamente. “Acreditamos que, de forma geral, mas com ênfase em setores mais sensíveis ao juros, a expectativa de cortes na taxa também contribuiu para essa valorização”, avisa.

Entre as ações se destacaram, ela aponta as maiores valorizações para AZUL4 (90,2%), GOLL4 (68,5%), YDUQ3 (67,6%), NTCO3 (49,4%), CYRE3 (45,45). Para Vanessa Fiorezzi Lui, a valorização do Real, a expectativa de cortes na taxa de juros e de uma melhora no cenário macroeconômico contribuíram para isso.

Vanessa diz que os piores desempenhos no 1º semestre são Alpaca (Alpargatas SA), CASH3 (Meliuz SA), ASAI3( Sendas Distribuidora SA).

Em sua visão, o otimismo está retornando ao mercado. “Estamos caminhando para um cenário favorável aos ativos de risco. A desinflação está contribuindo para isso, porque possibilita o início do corte nas taxas de juros, que é um fator determinante para o desempenho da Bolsa. Juros mais baixos são benéficos para o preço das ações. Acreditamos num bom desempenho para a Bolsa no 2º semestre de 2023”, observa.

Entre os setores com melhores a especialista cita o imobiliário, financeiro, elétrico, small caps e utilites e considera que a sinalização do início dos cortes de juro foi um catalizador para o resultado. Em sua visão juros e Bolsa têm uma correlação negativa, quando a taxa de juros cai, a Bolsa é beneficiada, pois juros menores ajudam a reduzir o custo de capital das empresas e consequentemente as empresas se valorizam.

Contudo a especialista se diz otimista para o 2º semestre de 2023 com a expectativa de corte na taxa SELIC, o que torna mais atrativo os papéis, com o mercado voltando a tomar risco.

Foto: Geralt/Pixabay

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